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Cumbuco, Ceará, Brasil

A praia do Cumbuco é uma das minhas favoritas no Ceará. Penso, porém, que poderia ser magnífica e mais valorizada pela prefeitura de Caucaia e pelos seus moradores e turistas, o que não é. Sempre escrevo sobre os mesmos tópicos em lugares distintos.
Vou me explicar: o Cumbuco, paraíso do kitesurf, deveria ser a “galinha dos ovos de ouro” do estado, por ser perto da capital, ter infraestrutura, como boas pousadas, hotéis, prédios bonitos à beira-mar, pizzarias, bares, restaurantes, enfim tudo à mão do turista. E um mar gostoso para o banho. Mas eu pergunto: “Por que nossas praias não são amadas e cuidadas como devem?” Falta de vontade política? Falta de zelo? Por que o turista não vota lá? Por que as pessoas que lá habitam não cobram de quem tem o poder na mão?
Quais são os problemas do Cumbuco? Aos olhos de uma leiga como eu, toda vez que vou, fico incomodada com a sujeira. A “madame sujeira” está em todos os locais e cantinhos. E na praia também. Lá vou eu recolher sacos plásticos, latas de cerveja da praia e sabem por- quê? Porque sujeira me agride, gosto de ver a areia limpa. Há poucas lixeiras e as ruas da cidade pequena ainda estão na fase de areal. Custa colocar bloquetes? Parabéns a Canoa Quebrada que há tempo deu a sua repaginada ficando com outra apresentação e mostrando-se mais sedutora para o visitante.
Penso em outras praias de outros estados: Porto de Galinhas. Ali foi um investimento turístico levado a sério pelo governo de Pernambuco. É um sonho e não faltam turistas. Também é perto de Recife, o mar é uma delícia e a cidade faz gosto. A comparação é no sentido de dizer que o nosso Cumbuco tem tudo para agradar muito, mas vai sempre perder para Canoa e Jericoacoara, em termos de números de visitantes e dinheiro que deixam para fazer a economia fluir.
Se a prefeitura não faz a sua parte, realizando obras e melhorando o Cumbuco; os donos de pousadas, hotéis ou outros estabelecimentos, além dos moradores não cobram ou também se sentem responsáveis pela limpeza do lugar, então o que resta? Abandono. Isso me causa espanto. Será que sou a única a ver a sujeira? Ou a falta de educação ambiental em pleno século XXI? Ou as potencialidades da praia? Quando penso que há máquinas limpadoras de areia de praia sendo usadas em Recife e no Rio de Janeiro… E isso nem existe no Ceará…
Vou concluir com a praia de Nazaré em Portugal. Frequentada por pessoas simples que para lá se dirigem com suas porções de comida. Chegam, divertem-se e depois da jornada praiana, antes de sair, recolhem toda a sujeira, colocam nas lixeiras e voltam para casa. Será que estou falando de outro planeta?

Mônica Dourado Furtado

Fonte: O Povo

Zeudir Queiroz