Cresce golpe do empréstimo consignado com idosos no interior do Ceará

Robson Cavalcante

idosos fila inss

Com relatos e boletins de ocorrência em vários municípios do Ceará, o golpe do empréstimo consignado já atinge 80% das ocorrências contra idosos registrados na Delegacia de Defraudações  e Falsificações (DDF). O delegado Jaime de Paulo alerta que é importante proteger os idosos, pois os mesmos são mais vulneráveis a golpes, sendo até previsto na lei federal nº 13.228, de 2015, dobrar a pena de reclusão sobre o estelionato quando a vítima for idosa.   No interior do Ceará este tipo de golpe vem crescendo rapidamente, é importante alertar a família e conhecidos sobre esta prática, pois, somente de um dos suspeitos de estelionato, no qual já consta boletins de ocorrência nos municípios de Redenção, Acarape e Guaiúba, há informações de que o mesmo já atuou da mesma forma em Sobral, Irauçuba e Morada Nova. O empréstimo consignado é aquele no qual o pagamento é descontado em folha. Pelas facilidades para esta modalidade de empréstimo, constantemente os idosos são alvo dos golpistas. O golpista orienta a pessoa de tudo que vai ser feito, acompanha e a leva para realizar todos os procedimentos e algumas vezes até ficam com os cartões e senhas das vítimas, zerando as contas bancárias. Há quem já tenha tentado suicídio ao encontrar sua conta zerada e saber que foi vítima do golpe, mas acabou sendo impedido pelos familiares. O golpe é tão bem planejado que o suspeito vem utilizando até mesmo de divulgação em emissoras de rádios para alcançar as vítimas. Por estar sendo investigado, o suspeito ainda não teve seu nome divulgado, mas há indícios que ele esteja atuando atualmente nas cidades de Capistrano e Maracanaú.   Ainda segundo o delegado Jaime de Paula, o amparo da família, é fundamental. Pois quando o idoso é envolvido no golpe a tendência é esconder da família, esconde que iria ganha um prêmio e também esconde quando descobre que caiu no golpe. E, para completar, quando o idoso chega para registrar a ocorrência,  pede para a família não ser comunicada. Às vezes, era uma poupança pessoal, um dinheiro que guardavam há muito tempo”. Redação Jornal dos Municípios    

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