As exportações de frutas frescas através do Porto do Pecém, produzidas no Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia e Pernambuco, estão de vento em popa. De janeiro a setembro de 2015, o terminal portuário movimentou 82.176 toneladas desse tipo de alimento, o que representa aumento de 38% em relação a igual período do ano passado.
O melão, com 39,6 mil toneladas (ton), seguido pela manga (21,2 mil ton) e melancia (11,5 mil ton) despontaram como as principais exportações de frutas frescas nesse ano. Atualmente, os principais destinos das frutas são Holanda (36%), Estados Unidos (24%), Grã Bretanha (25%) e Espanha (6%).
Especificamente de unidades produtoras situadas no Ceará, foram movimentadas no terminal 26.712 toneladas nos nove primeiros meses deste ano, com destaque para o melão (15, 1 mil ton), proveniente de municípios com Icapuí e Aracati.
Dentre os motivos para o bom desempenho do Porto do Pecém nesse tipo de exportação, estão sua localização e infraestrutura. “Além de ser um porto off shore (permite a atracação de navios com grandes cargas), ele tem localização privilegiada. Se você pegar Petrolina (PE), tanto faz exportar pelo Pecém como pelo Porto de Suape. Ele também tem uma posição muito estratégica em relação aos destinos, como Holanda e Estados Unidos”, destaca o secretário adjunto da Agricultura, Pesca e Aquicultura do Ceará (Seapa) e fundador do Instituto Frutal, Euvaldo Bringel.
Ele também ressalta que o estado é considerado hoje um polo de exportação, embalagem e logística de frutas, de modo que os produtores locais se especializaram e atingiram competitividade no mercado internacional. “As nossas frutas são certificadas e tem acesso a esses mercados. A gente se consolidou como um grande polo, de alta tecnologia, qualidade e segurança alimentar. As nossas frutas passam por todas as analises de resíduos e de agrotóxicos”, defende.
Infraestrutura
Em termos de infraestrutura do Porto do Pecém, a Cearáportos, empresa que administra o terminal portuário, também ressalta que são oferecidas condições adequadas para que este tipo de mercadoria seja comercializado. As frutas frescas, para que sejam exportadas, necessitam de um transporte especial, feito com contêineres refrigerados.
Assim, o Porto do Pecém possui em seu pátio de armazenamento mais de 800 tomadas reefers, que são específicas para fornecer energia elétrica a esse tipo de contêiner. Dessa forma, a carga permanece na temperatura adequada, o que garante a qualidade do produto enquanto o embarque é aguardado. O envio demora, em média, uma semana.
O terminal portuário conta ainda com duas câmaras frigoríficas disponíveis, que mantém a integridade da fruta, caso haja a necessidade de inspeção por ordem da Receita Federal ou Ministério da Agricultura. Isso traz mais segurança aos produtores, tanto na origem como no destino do produto.
Fonte: Diário do Nordeste
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