O Programa Ciência sem Fronteiras começa a oferecer, a partir de hoje (2), bolsas de estudo no exterior para mestrado profissional, conforme informou a presidenta Dilma Rousseff. Anunciado em outubro pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, esse tipo de curso – diferentemente do mestrado acadêmico – prevê formação mais específica, voltada para o mercado de trabalho. O curso tem duração aproximada de dois anos.
“Ele é perfeito para quem já concluiu o curso superior e precisa desenvolver ou aperfeiçoar seu conhecimento para aplicá-lo na sua vida profissional, na empresa ou na indústria onde trabalha. Nós precisamos desse tipo de profissional para que a ciência desenvolvida nas universidades e nos centros de pesquisa seja transformada e rapidamente aplicada, melhorando os nossos produtos e serviços, gerando mais tecnologia, mais riqueza para o nosso país”, disse Dilma, ao participar nesta segunda-feira do programa semanal Café com a Presidenta.
Ela explicou que as bolsas oferecidas inicialmente serão para importantes universidades dos Estados Unidos, como Harvard, Columbia, Stanford e Yale, e para as mesmas áreas prioritárias do Ciência sem Fronteiras, como engenharia, matemática, química, física, ciências médicas e da computação. Informações sobre o programa, incluindo as inscrições, podem ser obtidas no site.
Durante o programa, Dilma Rousseff lembrou que os estudantes interessados em concorrer a uma vaga para graduação sanduíche – em que parte do curso é feita no exterior – têm até a próxima sexta-feira (6) para se inscrever. Há parcerias com universidades de 20 países: Estados Unidos, Alemanha, França, Japão, China, Coreia do Sul, Canadá, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, Áustria, Noruega, Suécia, Finlândia, Holanda, Bélgica, Itália, Espanha, Hungria e Irlanda. A data foi prorrogada no fim do mês passado.
Para participar do Ciência sem Fronteiras, o estudante precisa ter feito, pelo menos, 600 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e ter um bom desempenho na universidade brasileira onde estuda, que pode ser pública ou privada. O governo federal paga todos os custos da viagem, a mensalidade da universidade lá fora, o alojamento, a alimentação e também um curso para quem precisa melhorar o domínio do idioma do país onde está.
Ao todo, o programa concedeu 60 mil bolsas em dois anos, sendo 48 mil para estudantes de graduação. Ainda segundo a presidenta, 14,6 mil estudantes já terminaram os estudos no exterior e voltaram para o Brasil para continuar o curso superior. Ela lembrou que a meta é oferecer 101 mil bolsas do Ciência sem Fronteiras até o final do ano que vem, sendo 75 mil pelo governo federal e 26 mil por empresas.
“Os jovens do Ciência sem Fronteiras estão voltando com novas ideias, buscando melhorar o processo de ensino da sua própria universidade. Eles têm acesso às últimas novidades em suas áreas de conhecimento e se preparam para o mercado de trabalho cada vez mais competitivo. O Ciência sem Fronteiras é o começo de uma grande transformação nas nossas universidades, nas nossas empresas, na produção científica e tecnológica de nosso país”, acrescentou.
(Agência Brasil)
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