Eleições 2024

Cidade do Atacado é o 1º porto seco da RMF

A grandiosidade estrutural da Cidade do Atacado, espaço com 1,6 milhão de m² que está sendo construído no entroncamento da BR-020 com BR-222, no município de Caucaia, está no centro das atenções do segmento logístico nacional. O centro facilitará os negócios no transporte de cargas do Estado, já que intermediará os procedimentos de distribuição dos produtos. Classificado como o primeiro porto seco do Ceará por profissionais do setor, o empreendimento estará no foco das discussões do 1ª Transmodal, evento que ocorrerá entre os dias 1º e 3 de setembro no Centro de Negócios do Sebrae.

“O governo vem em um processo de reformulação da questão dos portos secos, que são esses terminais de armazenagem. A partir deles, tudo é redistribuído para a região de entorno, agilizando a disposição através de uma estrutura moderna em que se poderá encontrar todo tipo de processo, podendo colocar todas as ferramentas necessárias para uma operação customizada, dentro das normas atuais. Poderei abastecer minha central de acordo com a demanda do lugar”, explica Feliciano Ramos, diretor da Montte Empreendimentos, promotora da feira de negócios.

Segundo Ramos, o modal rodoviário perde cada vez mais espaço para as outras modalidades, como a cabotagem, a aérea e a ferroviária, a qual é a grande aposta do governo com o advento da Transnordestina. “O Brasil, por característica histórica, transporta carga por caminhão, mas isso tem mudado, tem a cabotagem e mesmo a questão aérea, mas o governo espera mesmo é que a ferrovia seja um fator determinante no futuro. A ideia é transformá-la no primeiro meio, com mais de 50% das cargas sendo transportadas pelos trilhos, porque teremos diminuição dos custos dos processos logísticos”, afirma Ramos.

Durante o Transmodal, os participantes terão a oportunidade de conhecer os principais pontos a serem observados na escolha do melhor meio de enviar as cargas para outros estados e países. Entre as nuances, é importante atentar-se para as estrutura de armazenagem do modal, a velocidade de entrega e a precisão. “Hoje, quando você pensa em mandar alguma coisa que produz para algum lugar, tem que estudar as opções. Qual é o custo, quais são os operadores, que necessidades esses operadores têm e quais são as soluções para desenvolver um bom trabalho? O tempo é fundamental. Quanto mais rápida e com qualidade é a entrega, mais se economiza”, alerta.

Temas como a infraestrutura dos modais, como a situação precária das rodovias federais que encarecem ainda mais o processo de transporte; e a modernização dos portos e dos aeroportos também estarão em pauta, inclusive com visita técnica ao terminal de cargas do Aeroporto Internacional Pinto Martins, referência em modernidade no País, de acordo com Feliciano Ramos. Os operadores logísticos também estão atentos à Copa de 2014. “Não tem como pensar no futuro sem pensar em um plano estratégico nesse sentido. Os planejamentos da Copa terão a logística como base para muita coisa”, garante.

Fonte: Diário do Nordeste

Zeudir Queiroz