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Silat de Caucaia planeja iniciar fase de laminação em junho

A Silat já produz comercialmente desde maio de 2014, por meio de sua fábrica de malhas eletrossoldadas, que fabrica trelas e treliças, com capacidade para 60 mil toneladas por ano. As regiões Nordeste e Centro-Oeste são os maiores compradores
A Silat já produz comercialmente desde maio de 2014, por meio de sua fábrica de malhas eletrossoldadas, que fabrica trelas e treliças, com capacidade para 60 mil toneladas por ano. As regiões Nordeste e Centro-Oeste são os maiores compradores

A Siderúrgica Latino Americana S.A. (Silat), usina em instalação no município de Caucaia pelo grupo espanhol Hierros Añon, deverá iniciar o seu módulo de laminação de fios e barras no próximo mês de junho. A informação consta no relatório de administração apresentado pela empresa, referente ao ano passado, o qual anunciou o cronograma de todas as três etapas do empreendimento.

A Silat já produz comercialmente desde maio do ano passado, por meio de sua fábrica de malhas eletrossoldadas, que fabrica trelas e treliças, com capacidade para 60 mil toneladas por ano. Os produtos estão sendo comercializados, principalmente, para as regiões Nordeste e Centro-Oeste do País.

Para viabilizar as telas e treliças, a unidade está importando a matéria-prima, que é o fio-máquina. Contudo, com a entrada em operação do segundo módulo do empreendimento, o laminador, a empresa deixará de importar o insumo. O módulo de laminação produzirá 600 mil toneladas de vergalhão (ferro de construção CA50) e de bobinas de fio-máquina de até 2,5 toneladas por bobina.

Fase de testes

De acordo com o presidente do Conselho de Administração da Silat, Alcântara Macêdo, o laminador já está em fase de testes, faltando apenas alguns detalhes técnicos para iniciar a operação comercial. “Pode ser que comece até em maio”, cogita o economista. A fábrica de malhas eletrossoldadas e o laminador de aço compõem a primeira etapa da Silat, cuja implantação total foi orçada em R$ 232 milhões.

Aciaria

O relatório da Silat informa que a próxima fase da usina será a instalação de uma aciaria, que tem sua entrada programada para dezembro de 2016. Esse módulo terá capacidade de produção de até 1,3 milhão de toneladas/ano de tarugos, que é a matéria-prima para o laminador, e deverá envolver, ainda, investimentos de cerca de R$ 700 milhões, conforme inicialmente previsto.

Preocupação

Em agosto do ano passado, o diretor-superintendente da usina, José Martinez Puga, havia dito que a previsão dessa etapa era para dezembro deste ano.

Àquela época, entretanto, ele já apontava preocupação com a conjuntura nacional. “Devido ao cenário atual de incertezas políticas e econômicas, o segmento está andando de ‘lado’, segurando os investimentos, aguardando um horizonte mais claro dos rumos do Pais”, afirmara Puga.

Alcântara Macedo reforça que essa preocupação tem se agravado, com a atual contexto econômico nacional de desaquecimento da economia e risco de déficit nas transações correntes brasileiras. “O mercado brasileiro está desarrumado, muito com o pé no freio. Estamos num momento difícil”, afirma.

Laminação de planos

O cenário em questão está motivando a revisão nos planos da empresa. De acordo com o relatório de administração, uma terceira etapa, que seria a laminação de aços planos, estaria programada para ter entrada em agosto de 2018.

O presidente do Conselho de Administração da empresa, contudo, aponta que essa etapa ainda está sendo estudada, com a elaboração de uma reavaliação de mercado.

O valor de investimento desse módulo não foi divulgado. Apesar desta incerteza, Alcantara Macêdo considera que a usina está em fase avançada e destaca a velocidade de instalação da unidade até agora.

Sérgio de Sousa
Repórter

Fonte: Diário do Nordeste

Zeudir Queiroz