Dois integrantes de uma facção criminosa foram formalmente denunciados pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), nesta terça-feira (10), por praticarem extorsões contra comerciantes e moradores do Bairro Guajiru, localizado em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza. Segundo a denúncia, as vítimas eram obrigadas a realizar pagamentos que variavam entre R$ 100 e R$ 600 para não serem expulsas de suas próprias residências ou estabelecimentos comerciais.
Criminosos exigiam pagamentos em troca de permanência nos imóveis: Os acusados, identificados como Carlos Daniel dos Santos, conhecido como “Niel”, e Lucas Lourenço da Silva, apelidado de “Lukinhas”, foram presos no mês de abril deste ano. De acordo com as investigações conduzidas pelas autoridades, ambos vinham atuando de forma sistemática, utilizando ameaças para coagir as vítimas entre os meses de fevereiro e abril. Os crimes eram cometidos por meio de ligações telefônicas e mensagens enviadas por aplicativos, sempre com o objetivo de obter vantagens financeiras indevidas.
Moradores foram forçados a abandonar suas casas: O clima de medo instaurado pelos criminosos levou comerciantes e moradores a realizar os pagamentos solicitados, temendo por suas vidas e pela segurança de suas famílias. Em diversos casos, a pressão psicológica foi tamanha que algumas famílias optaram por abandonar suas residências, deixando tudo para trás em busca de proteção. Após a desocupação forçada, os imóveis eram ocupados pela facção criminosa, que os utilizava para expandir seu domínio territorial e realizar atividades ilícitas.
Ministério Público requer prisões preventivas e indenização às vítimas: A denúncia foi formalizada pela 11ª Promotoria de Justiça de Caucaia, que solicitou à Justiça a manutenção da prisão preventiva de Carlos Daniel dos Santos. No caso de Lucas Lourenço da Silva, que já se encontra preso por envolvimento em outros crimes, foi requerido que sua prisão preventiva seja decretada especificamente por conta das novas acusações. O MPCE também pediu que os denunciados sejam obrigados a devolver os valores extorquidos das vítimas, mediante indenização pelos danos materiais e morais causados.
Quebra de sigilo telefônico para reforçar investigações: Como parte das medidas para aprofundar as investigações e reunir mais provas contra os acusados, o Ministério Público requereu ainda a quebra do sigilo telefônico de ambos os denunciados. A medida visa identificar a rede de contatos utilizada para as extorsões, bem como possíveis cúmplices ou outros integrantes da facção atuando na região.
Reforço da segurança e enfrentamento ao crime organizado: A atuação do MPCE neste caso evidencia o compromisso das autoridades com o enfrentamento ao crime organizado e à garantia da segurança das comunidades afetadas. A denúncia representa um importante passo na responsabilização penal dos envolvidos e na defesa dos direitos das vítimas, que conviviam com ameaças constantes e perda do direito à moradia e à paz social.
- Fortaleza perde para o Santos e permanece no Z-4 da série A - 13 de junho de 2025
- Reunião entre prefeitura e empresários ganha destaque na câmara de Caucaia - 12 de junho de 2025
- Inscrições para o concurso da Polícia Federal encerram nesta sexta-feira - 12 de junho de 2025