Um jovem de 22 anos foi espancado e torturado no Parque Leblon, em Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza. Policiais do 12º Batalhão da Polícia Militar (BPM) adentraram no mangue e com a ajuda da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) conseguiram resgatar a vítima. O caso aconteceu na tarde desta sexta-feira, 4.
Segundo um policial militar que pediu para não ser identificado, o homem foi encontrado vivo no matagal. Ele teve dedos arrancados e apresentava vários hematomas. Os criminosos fugiram. “Eles perceberam as viaturas e o helicoptero e se espalharam. A vítima está com os dedos cortados, o polegar, o dedo mindinho. Foi espancado, são hematomas na canela, costas, peito, em todo lugar”, disse.
A Polícia recebeu a informação por meio da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), de que um grupo de 10 criminosos havia levado um homem para o mangue.
O policial militar disse que a vítima informou que é da Jacarecanga, mas estava na praia e o reconheceram. “Cortaram os dedos de uma mão, não deu tempo de cotar da outra. O grupo fugiu a pé”, disse.
O Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) esteve no local e socorreu o rapaz, que foi encaminhado ao Instituto Doutor José Frota (IJF), no Centro de Fortaleza.
Parque Leblon
No dia 9 de novembro de 2015, O POVO divulgou que detentos teriam dado ordens para metralhar PMs na Caucaia. Eles também mandavam recado para os pequenos comerciantes, que não fizessem vendas para policiais.
Ainda segundo um militar, um padeiro foi morto após ter servido café para PMs de uma viatura, desobedecendo as “regras”. “Ele passou um ano fora e quando voltou foi morto. Mataram ele em cima de uma bicicleta, na avenida Ulisses Guimarães”, comentou.
No dia 23 de dezembro de 2014, Jamile Carvalho Amorim e Paulo Henrique Silva Melo foram encontrados mortos e enterrados em uma casa abandonada no Parque Leblon. Os dois estavam desaparecidos há pelo menos um mês. Informações repassadas pela Polícia é que o casal foi torturado antes da execução.
No dia 14 de março de 2015, um comerciante sobreviveu após um espancamento no Parque Leblon. Ele chegou a ser enterrado vivo, mas conseguiu fugir. Foi socorrido para o hospital de Caucaia e transferido ao Instituto Doutor José Frota (IJF), Centro, onde permaneceu internado durante dias.
No dia 8 de dezembro de 2015, O POVO denunciou que o tráfico do Parque Leblon havia expulsado famílias e transformado locais movimentados em ruas fantasmas. De janeiro a novembro do ano de 2015, cinco famílias foram expulsas da comunidade.
Fonte:http://www.opovo.com.br/
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