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Arneiroz vive clima de medo pelo crescimento da violência

12 DE MAIO 2015 - Reuni„o em Arneiroz discute inseguranÁa p˙blica; reuni„o na C‚mara de Vereadores.  - REGIONAL - 13re0410  -  AMAURY ALENCAR
12 DE MAIO 2015 – Reuni„o em Arneiroz discute inseguranÁa p˙blica; reuni„o na C‚mara de Vereadores.
– REGIONAL – 13re0410 – AMAURY ALENCAR

Arneiroz. A onda de violência é crescente não apenas nas capitais e nos grandes centros urbanos, mas atinge também as pequenas cidades do Interior do Estado. A falta de segurança pública passou a ser motivo de preocupação para moradores e comerciantes. Nesta cidade, na região dos Inhamuns, há registro de assaltos à mão armada e até o pároco local sofreu ameaças.

A questão da insegurança pública foi discutida recentemente na Câmara de Vereadores em reunião com parlamentares, representantes de entidades de classe, da Polícia Militar, de instituições públicas e privadas, estudantes, professores e agricultores. O objetivo do encontro foi definir uma ação conjunta entre as lideranças locais, que apontaram a falta de policiamento como o principal problema. A delegacia não oferece estrutura adequada de funcionamento.

O município tem cerca de 8 mil habitantes e só há três policiais em trabalho efetivo. O presidente da Associação Comercial de Arneiroz, Vagner Noronha, disse que a sensação de insegurança ultimamente está preocupando a população e os empresários de Arneiroz.

“Assaltantes vêm à cidade e cometem violência contra a classe empresarial”, disse. “Já tivemos um assalto contra um correspondente bancário e três lojas foram arrombadas, em apenas um mês e meio”.

Segundo os participantes da reunião, a onda de assaltos à mão armada é crescente na cidade. “Quando vou abrir o meu estabelecimento comercial, pela manhã, fico olhando de um lado para o outro porque temo ser alvo de uma ação e até ser morto”, disse Noronha. “Estamos com as mãos atadas sem podermos fazer nada”, salientou.

Carta

12 DE MAIO 2015 - Cidade de Arneiroz, igreja Matriz  - REGIONAL - 13re0455  -  AMAURY ALENCAR
12 DE MAIO 2015 – Cidade de Arneiroz, igreja Matriz
– REGIONAL – 13re0455 – AMAURY ALENCAR

O pároco da Igreja Matriz de Arneiroz, padre José Leandro de Almeida, confirmou que recebeu ameaças, por meio de uma folha de papel, deixada na casa paroquial. “Estava escrito em uma letra graúda que Deus existe, mas o inferno ia começar aqui na terra e que eu tomasse cuidado com o que estava falando em defesa da comunidade”, contou.

O sacerdote não quis registrar Boletim de Ocorrência e nem comunicou o fato à Diocese de Iguatu. “Achei uma coisa sem fundamento, não quero dar importância”, frisou o sacerdote. Entretanto, ele tem abordado o tema da insegurança pública e questionado as autoridades durante as pregações litúrgicas na Igreja Matriz e nas capelas, nas vilas rurais. “Temos de denunciar essa situação, a falta de efetivo policial e a crescente onda de assaltos e roubos”.

O padre José Leandro disse esperar que o governo do Estado amplie o efetivo e realize fiscalização e procure coibir a ação dos criminosos. “Acredito que a Polícia vai agir e com naturalidade vai resolver esse problema”. “As pessoas procuram o padre para resolver todo tido de problema em cidade pequena, até de campeonato de futebol e claro que estão reclamando muito contra a violência”, disse.

Estrutura

A cadeia não dispõe de viatura e sequer de telefone. A unidade precisa de reparos. Nas celas, o banheiro não tem descarga, o alojamento dos policiais é pequeno, os móveis foram doados pela comunidade e emprestados pelas instituições públicas.

Outro fato é que, em função de o único posto de combustível da cidade não dispor de serviço de cartão de crédito, a viatura da Polícia Militar tem que ser abastecida em Tauá, que fica distante 42 quilômetros. Enquanto isso, a cidade fica desprovida de segurança.

O prefeito de Arneiroz, Monteiro Filho, ficou de apresentar reivindicação direta ao governador e ao secretário de Segurança Pública, para o aumento do contingente policial. “A situação de insegurança pública é preocupante no município”, disse. “Assistimos comerciantes serem vítimas de assaltos, arrombamentos e pessoas sendo agredidas”. O gestor frisou que agricultores aposentados não têm mais tranquilidade na zona rural.

A comerciante Telma Gleide Feitosa mostrou que a sensação de insegurança preocupa porque em apenas um mês foram registrados oito casos de roubos a estabelecimentos comerciais e a população se sente insegura.

Mais informações:
Prefeitura de Arneiroz
Fone: (88) 3419-1064
Câmara de Vereadores
Fone: (88) 3419-1111

Honório Barbosa
Colaborador

Fonte: Diário do Nordeste

Zeudir Queiroz