Alunos da Unifor fazem projeto de urbanização do Açude Castanhão

Estado assinou convênios ontem; alunos da Unifor fazem projeto de urbanização do Açude Castanhão O Programa de Desenvolvimento Urbano de Polos Regionais do governo do Estado, o Cidades II, contemplará, a partir do próximo ano, mais 29 cidades cearenses localizadas no Vale do Acaraú e Vale do Jaguaribe. Na manhã de ontem, a Secretaria das Cidades assinou convênios com prefeitos dos municípios beneficiados para dar encaminhamento a projetos de melhorias infraestruturais e fornecer apoio de gestão a essas localidades. O valor total do investimento nas duas áreas será de US$ 106,6 milhões. Solenidade de assinatura aconteceu no Palácio da Abolição. Serão contempladas pelo programa cidades do Vale do Acaraú e do Vale do Jaguaribe Foto: JL Rosa Ao assinar os convênios com as prefeituras, o governador do Estado, Cid Gomes, salientou a necessidade de fortalecer polos urbanos no Interior. “Se a gente for ver como tem avançado a migração dentro do Ceará, vemos que Fortaleza e a Região Metropolitana têm sido as únicas regiões a receberem pessoas de outros municípios. Se conseguirmos dividir essa migração, iremos distribuir melhor a população e as riquezas”, afirmou. De acordo com Carlo Ferrentini, titular da Pasta, o intuito do programa é promover avanços no Interior do Estado por meio de obras e ações de consolidação das administrações locais. A iniciativa possui vários eixos: melhoria de infraestrutura urbana, apoio ao desenvolvimento regional, melhoria de sistemas de registro e formalização de empresas e modernização da gestão municipal. O prazo para execução das medidas é de cinco anos. Na primeira linha de frente, estão previstas intervenções em rodovias e sistemas viários urbanos, equipamentos urbanos, aterros sanitários e nos centros históricos e áreas degradadas dos municípios. Dentre as propostas, já foram aprovadas pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) a reconstrução do Mercado Público de Russas, a requalificação da Avenida do Contorno Leste, em Limoeiro do Norte, e projetos de intervenção no Sítio Histórico de Sobral, como a internalização da rede elétrica e telefônica. As outras vertentes do programa incluem medidas de fortalecimento do ambiente de negócios nas cidades beneficiadas e de atualização das gestões, dando suporte à elaboração de planos diretores, de mobilidade e de saneamento. Foco Ferrentini destaca que as ações terão como foco inicial os municípios de Russas, Limoeiro do Norte, Morada Nova e Sobral, eleitos cidades polo do programa. “Além de promover o desenvolvimento, a intenção é aproximar ao máximo possível governo e municípios, mas descentralizando a parte de gestão e dando autonomia para os municípios gerirem seus projetos. O papel da Secretaria é aportar recursos”, afirma o gestor. Dos US$ 106,6 milhões de verba, cerca de R$ 62 milhões são provenientes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e o restante, do governo do Estado. Conforme Ferrentini, a partir da próxima semana, haverá uma missão de arranque da instituição financeira, na qual os projetos existentes passarão por análise e novas propostas poderão ser incluídas no programa. Dentre as iniciativas que aguardam aprovação, está o projeto de urbanização das margens do Açude Castanhão, em Nova Jaguaribara, cuja autoria é de alunos, professores e gestores da Universidade de Fortaleza (Unifor). Castanhão Francisco Holanda Guedes, prefeito do município, ressalta que a requalificação da área pretende desenvolver o setor de turismo na cidade, além de promover melhorias na qualidade das águas do reservatório. “Esse era um local bastante poluído e degradado, com grandes chances de sofrer desertificação. Por isso, o projeto é importante não só para Jaguaribara, mas para a Região Metropolitana de Fortaleza, que recebe nossas águas”, frisa o gestor. Elaboração O projeto prevê, dentre outras intervenções, a construção de píer flutuante, para incentivar a pesca no açude. Segundo Henrique Sá, vice-reitor de graduação da Unifor, aproximadamente 25 pessoas se envolveram na elaboração do trabalho, com destaque para os alunos dos cursos de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil, Engenharia Ambiental, e outros. “Além de trazer uma realidade concreta e necessária para municípios de importância econômica e turística, esse trabalho é uma ação de responsabilidade social da Universidade que dá oportunidade de aplicação de conhecimentos para nossos alunos”, pontua o vice-reitor. Fonte: Diário do Nordeste