O sumo pontífice anunciou mudanças importantes, com garantia de mais atribuições à Autoridade de Informação Financeira, que passará a avaliar e aprovar transações monetárias. As mudanças interessam à União Europeia
Foram reforçadas ontem medidas visando à vigilância das operações financeiras da Igreja Católica, a fim de evitar novos casos de lavagem de dinheiro e corrupção. As medidas tomadas na Cidade do Vaticano aprofundam os decretos emitidos pelo papa Francisco nos meses recentes. Através de novo decreto, o sumo pontífice deu mais atribuições à Autoridade de Informação Financeira do Vaticano, criada pelo antecessor Bento XVI em 2010, que passará a avaliar e aprovar transações monetárias.
Também foi criado um comitê de segurança financeira, responsável por prevenir e combater crimes contra a economia. Desse modo, a Santa Sé ainda responde a uma solicitação da Comissão Moneyval, da União Europeia (UE), para evitar transações ilegais de capitais.
”A promoção do desenvolvimento humano integral sobre o plano material e moral requer uma profunda reflexão sobre a vocação dos setores econômicos e financeiros e sobre sua correspondência como fim último da realização do bem comum”, afirmou o chefe da Igreja Católica em seu motu proprio (decreto papal).
Maior rigor
As medidas dão maior rigor à mudança nas leis do Vaticano aprovadas em junho, aumentando as penas contra crimes financeiros. Na mesma ocasião, o papa Francisco aprovou uma comissão para moralizar o Instituto de Obras Religiosas (IOR), o banco do Vaticano.
A iniciativa de reformar a estrutura financeira se somou ao conselho criado para a revisão da Cúria Romana, a cúpula do clero. O santo padre decretou também que o grupo religioso será submetido às mesmas leis do Vaticano, assim como outras organizações não lucrativas da Igreja Católica, como a Cáritas.
As medidas juntam-se à criação, em abril, de um grupo de oito cardeais para assessorar o pontífice no governo da igreja e estudar um projeto de revisão da Cúria Romana, e à constituição da comissão de inquérito, em junho, para reformar o banco do Vaticano.
As leis que se aplicam no Estado do Vaticano são estendidas aos ministérios, organismos e instituições dependentes da Santa Sé e às organizações sem fins lucrativos, como a Caritas. (das agências de notícias)
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
As novas medidas anunciadas aprofundam a linha de reformadas adotada no Vaticano pelo papa Francisco desde quando, para surpresa do mundo, foi anunciado como novo líder da Igreja Católica.
Fonte: O Povo
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