Surabaia As autoridades da Indonésia retomaram, ontem, as buscas pelo Airbus 320-200 da AirAsia, com 162 pessoas a bordo. A aeronave desapareceu, no sábado, durante um voo entre a cidade indonésia de Surabaia e Cingapura.
A aeronave transportava 155 passageiros -entre eles 16 crianças e um bebê- e sete tripulantes -dois pilotos, quatro comissários e um engenheiro. Deste total, 156 pessoas eram da Indonésia, três da Coreia do Sul, uma da França, uma da Malásia e uma de Cingapura.
O avião provavelmente caiu no mar próximo à ilha de Belitung, entre Sumatra e Bornéu, indicaram fontes da Agência Nacional de Busca e Resgate.
O contato foi perdido quando a aeronave sobrevoava águas ao sudoeste da ilha de Bornéu em más condições atmosféricas, informou o Ministério de Transporte da Indonésia.
“Isto é um grande impacto para todos nós e estamos devastados”, declarou o diretor-executivo da AirAsia, Tony Fernandes, ao chegar a Surabaia. Fernandes agradeceu a todos “por seus pensamentos e orações” e disse que “é preciso ser forte” em momentos como este.
O avião da companhia aérea malaia AirAsia, voo QZ-8501, decolou de Surabaia, em Java, às 5h20 (hora local) e deveria chegar em Cingapura às 8h30 (local, 22h30 em Brasília).
Um Boeing da Força Aérea da Indonésia, três helicópteros e seis navios participam das operações de rastreamento, e Cingapura ajuda com outro avião.
Más condições
Hadi Mustofa Djuraid, da Agência Nacional de Busca e Resgate, informou que as condições meteorológicas não eram boas quando a aeronave desapareceu. “O tempo não era bom, era ruim, no local onde se perdeu o contato”, detalhou Djuraid.
Minutos antes de perder a comunicação com o controle aéreo de Jacarta às 6h17 de domingo (21h17 de sábado, em Brasília), o piloto pediu permissão à torre de controle para subir de 32 mil para 38 mil pés devido ao mau tempo na região, segundo o Ministério dos Transportes.
A AirAsia confirmou o pedido motivado pelo mau tempo e disse que ele ocorreu “antes que a comunicação com o avião se perdesse, quando ainda estava (em contato) com a Torre de Controle Aéreo da Indonésia”.
Os voos comerciais costumam viajar com combustível suficiente para chegar aos destinos, por isso que se teme que, passadas várias horas da previsão de chegada, o QZ8501 tenha ficado sem combustível.
A zona de rastreamento se concentra na ilha de Belitung e nas águas de seu entorno. Declaração do porta-voz da Força Aérea reforça a tese de que o avião caiu em água remotas. “Primeiro vamos supervisionar a região e se encontramos um objeto então contactaremos a Agência Nacional de Busca e Resgate (que fornece as embarcações e helicópteros). Suspeitamos que o avião desaparecido possa estar nessas águas”, declarou o porta-voz, Hadi Djuraid.
Ajuda americana
Os EUA anunciaram sua disposição de ajudar “as autoridades que dirigem as operações de busca do avião desaparecido”. “Como já ocorreu no passado, os Estados Unidos estão dispostos a ajudar, de qualquer maneira possível”, disse um funcionário do departamento de Estado, acrescentando que não havia cidadão americano na aeronave
FIQUE POR DENTRO
Ano teve outros acidentes aéreos
Outros três grandes acidentes aéreos chocaram o mundo em 2014. No dia 8 de março, o Boeing 777-200 da Malaysia Airlines, desapareceu após decolar de Kuala Lumpur com destino a Pequim com 239 pessoas a bordo. Acredita-se que o avião voou em direção ao sul do Índico até ficar sem combustível e cair ao mar. Até hoje os destroços não foram encontrados. No dia 17 de julho, um Boeing 777 da Malaysia Airlines foi derrubado por um míssil no leste da Ucrânia. Todos os 298 ocupantes morreram. Em 24 de julho, o avião MD83 da companhia espanhola Swiftair caiu no norte do Mali, com 116 passageiros.
Fonte: Diário do Nordeste
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