O Ceará encarou o Botafogo neste sábado, 14, no Castelão, buscando encerrar a sequência de quatro jogos sem vencer e engatar uma sequência positiva no Brasileirão. Mas o Alvinegro desperdiçou muitas chances e acabou empatando por 0 a 0, num jogo em que levou ampla vantagem no número de finalizações e chutes a gol. Pelos botafoguenses, o goleiro Gatito Fernández foi o principal destaque, evitando pelo menos cinco chances claras de gol do Vovô, que termina o primeiro turno do campeonato com 22 pontos.
Comandado pelo técnico Eduardo Barroca, o Botafogo vem valorizando a posse de bola em seus jogos no Brasileirão. O Fogão terminou a primeira etapa com 64% de posse de bola, contra 36% do Vovô. Mas foram os donos da casa que mais atacaram, mais criaram e que mais procuraram o gol. Isso fica evidente no número de finalizações: o Ceará chutou 11 vezes (quatro no gol), enquanto o Botafogo só definiu uma vez, para fora.
Os principais lances do Ceará foram em saídas erradas do adversário ou em roubadas de bola no meio campo. A primeira grande chance foi aos 9 minutos, quando Felippe Cardoso recebeu de Thiago Galhardo e finalizou rasteiro, mas Gatito Fernández defendeu e a bola passou rente à linha do gol. Leandro Carvalho também teve boa oportunidade em chute cruzado, mas Gatito estava lá para evitar que a lei do ex fosse cumprida pelo atacante, que, curiosamente tentou até marcar um gol olímpico de trivela mais uma vez.
Um primeiro tempo bom, mas que terminou com uma dose de frustração por conta das chances criadas e pelo cartão amarelo para o lateral Samuel Xavier, que fica fora da próxima partida, contra o CSA.
O Ceará entrou em campo no segundo tempo tão ligado quanto saiu. Logo aos dois minutos, Thiago Galhardo quase desenrolou um gol contra em jogada pela linha de fundo. O Vovô voltou a levar perigo em cobranças de escanteio fechadas, quando Gatito evitou o que seria um outro gol olímpico – dessa vez, de Ricardinho. Aos 13, Gatito voltou a salvar o Botafogo: depois de cobrança de falta, Felippe Cardoso aproveitou a sobra e chutou, mas parou novamente no goleiro botafoguense. Procurando incrementar a criação, Enderson sacou Lima e colocou o meia Felipe Silva.
Aos 21 minutos, o Ceará acrescentou mais um lance polêmico para chamar de seu neste Brasileirão. Em chute de Ricardinho, a bola resvalou na mão do defensor do Botafogo e os jogadores reclamaram pênalti, mas o árbitro Luiz Flávio de Oliveira não enxergou irregularidade no lance. Acuado, o Fogão continuou trocando passes e valorizando a posse, mas só finalizou aos 26 minutos, quando mais da metade da segunda etapa já tinha passado. O Vovô manteve seu volume de jogo, criando boas chances principalmente em jogadas aéreas, mas teve dificuldades na finalização. Já perto do fim do jogo, Enderson colocou Wescley no lugar de Leandro Carvalho e Felippe Cardoso saiu para a entrada de Bergson, mantendo o trio ofensivo no esquema tático.
Wescley teve ótima chance aos 39 minutos. Depois de receber passe de calcanhar de Thiago Galhardo, o meia-atacante tentou complementar a jogada, mas foi travado por Gatito, que apareceu novamente. Nos acréscimos, mais uma reclamação de pênalti para o lado do Vovô, mas Luiz Flávio de Oliveira, novamente, não viu nada no lance. Por fim, depois de mais de 20 finalizações, o Ceará não conseguiu vazar a meta botafoguense, terminou com um 0 a 0 melancólico diante de sua torcida e, às vésperas do segundo turno, amarga o quinto jogo sem vencer.
Fonte: O Povo Online
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