TJDF marca julgamento da exclusão do Fortaleza do Estadual para a próxima semana

FORTALEZA 08 DE OUTUBRO 2014. FACHADA DA FEDERACAO CEARENSE DE FUTEBOL Em edital publicado na última sexta-feira (15), o presidente do Pleno do Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol (TJDF-CE), Jamilson de Morais Veras, marcou o julgamento da exclusão do Fortaleza do Campeonato Cearense de 2015 para o próximo dia 28. Campeão estadual, o Tricolor atuou sob efeito suspensivo e irá ao banco dos réus por ter acionado a Justiça Comum antes de esgotar as esferas esportivas em 2004, de acordo com o Tribunal. O caso seria julgado no dia 23 de abril, antes dos jogos da final da competição, entre Ceará e Fortaleza, mas foi adiado a pedido do Leão e da Federação Cearense de Futebol (FCF). Os dois departamentos jurídicos alegaram “a proximidade do 1º jogo das finais (…) causa iminente prejuízo” às partes envolvidas. Além disso, apontaram “o clima de incerteza e insegurança” e o “clima de beligerância gerado sobre o assunto” como razões para a mudança da data do julgamento. O presidente do Tribunal considerou “relevantes” os argumentos e acatou o pedido. Com a mudança de data do julgamento, o Leão ficou liberado para disputar a decisão da competição e se sagrou campeão com uma vitória e um empate, encerrando o jejum de quatro anos sem títulos. Caso seja excluído da competição deste ano, o Fortaleza não só perderá o título como será rebaixado para a Segunda Divisão do Estadual de 2016 e terá que pagar multa de R$ 50 mil. O caso O Leão foi julgado no dia 26 de março por recorrer à Justiça Comum antes de esgotar as esferas esportivas em 2002, de acordo com o Tribunal – a Procuradoria do TJDF reabriu o caso no dia 17 de março após ser oficiada pela FCF. Na ocasião, o clube alegou que o atacante costa-riquenho David Madrigal, do Ceará, estava atuando irregularmente, sem visto de trabalho, e recorreu ao TJD pedindo a perda de 17 pontos do Vovô. O Alvinegro conseguiu a vitória no Tribunal, e o Tricolor foi à 17ª Vara Cível da Justiça Comum. No dia 31 de março, o presidente do Pleno do Tribunal, Jamilson de Morais Veras, concedeu efeito suspensivo ao clube, que retornou ao Estadual e disputou a semifinal contra o Icasa. A Procuradoria do TJDF chegou a ir ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) contra o efeito suspensivo, mas o presidente Caio Rocha indeferiu o pedido de mandado de garantia. Clima tenso Após a decisão do Tribunal, torcedores se revoltaram e chegaram a divulgar dados e informações pessoais de membros do órgão em redes sociais. Além disso, o prédio da FCF, onde também funciona o TJDF, foi alvo de protesto na madrugada do dia 28 de março, sendo pintado de azul e vermelho e com disparo de coquetel molotov. No dia 30 do mesmo mês, a Polícia Civil instaurou inquérito para investigar os dois casos, que serão presididas pelo delegado titular do 34º DP, Romério Almeida. Fonte: Diário do Nordeste
Zeudir Queiroz

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