Ceará e Fortaleza alcançam vitórias históricas e vão às semifinais da Copa do Nordeste 2013
Uma tarde de êxtase, como há muito não acontecia para o futebol cearense. O 17 de fevereiro de 2013 vai ficar guardado para sempre na memória dos torcedores de Ceará e Fortaleza como um dia em que o impossível – ou o quase impossível, pois, no futebol, essa palavra quase inexiste – se converteu em euforia.
Contrariando boa parte dos prognósticos, tricolores e alvinegros estão nas semifinais da Copa do Nordeste 2013. A partir do próximo fim de semana, quando o Leão do Pici receber o Campinense na Capital cearense (muito provavelmente no Castelão), e o Ceará (AL) encarar o ASA (local do jogo ainda será definido por sorteio), a autoestima do futebol local estará, por ora, devidamente restabelecida.
Goleada improvável
A mudança de espírito foi mais contundente para o Ceará, que tinha pela frente uma missão daquelas que só o futebol é capaz de tornar plausível. Precisava bater o vitória por três gols de diferença e conseguiu. Passou por cima do Vitória, mais uma vez calando um estádio baiano – como fizera na fase classificatória no Pituaçu, diante do Bahia – com uma atuação quase perfeita e goleada de 4 a 1.
“Foi uma vitória marcante, digna de raça e superação”, disse o treinador Ricardinho.
Façanha menos improvável, mas não menos dramática obteve o Fortaleza em Recife. No Arruda, o Leão, que precisava de uma vitória simples (após empate no PV por 3 a 3), saiu perdendo, mas soube segurar os nervos, chegando ao empate no segundo tempo e virando no finalzinho, aos 46 do segundo tempo, para 2 a 1, com gol de Assisinho.
Só que mesmo fazendo uma ótima etapa complementar, o time cearense quase viu a classificação escapar quando teve um pênalti marcado contra si. E como todos os grandes feitos exigem grandes heróis, o goleiro João Carlos resolveu assumir essa condição, pegando a cobrança de Danilo Santos, já aos 36 da etapa final. “Nosso time permaneceu focado, mesmo com o resultado adverso. Tem que valorizar muito a vitória, porque não foi o Santa que jogou mal. Nosso time é que foi guerreiro”, declarou, após a partida, João Carlos – que já havia pego uma penalidade no jogo de ida.
Quem ri por último
Mas talvez a melhor definição para a tarde de sonhos deste domingo para os torcedores cearenses pode ter partido da boca do técnico Vica. “Nada se resolve no primeiro jogo. Mata-mata se resolve é no segundo”, declarou o comandante tricolor.
Para confirmar a tese de Vica, os quatro times de decidiram em casa nas quartas de final do Nordestão estão eliminados. Outros quatro, antes menos cotados, entre eles os dois cearenses, vão continuar sonhando com a grande final. Que tal mais um dia memorável, com direito a Clássico-Rei do século, no dia 17 de março, na grande final?
Pery Negreiros
Editor
Do Diário do Nordeste
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