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Icasa inicia hoje caminhada do acesso

Após estar perto do rebaixamento para a Série D, Icasa inicia hoje batalha de 180 minutos em busca do acesso

O momento que parecia impossível para o Icasa na última semana do mês de setembro chegou. Esta noite, às 20h (hora local), no estádio Romeirão, o Verdão do Cariri inicia a série de dois jogos mais importantes do clube em 2012. O rival é o Duque de Caxias, e o duelo vale uma vaga na Série B do Campeonato Brasileiro de 2013.

Fé e pressão serão as armas da torcida do Icasa hoje à noite no Romeirão FOTO: MISÉRIA.COM

O confronto vale o retorno do time de Juazeiro do Norte à Segundona, de onde foi rebaixado no ano passado. O jogo de volta ocorre no próximo dia 9 de novembro, em Duque de Caxias.

E um dos principais responsáveis pela virada na trajetória do Icasa na Série C se mostra confiante no resultado. Quando o técnico Francisco Diá foi contratado, o clube ocupava a vice-lanterna da competição e estava há oito partidas sem vencer. Em cinco rodadas, conseguiu quatro vitórias – perdeu apenas para o líder Fortaleza, no PV – e levou o time ao mata-mata.

Para conseguir esse feito, Diá apostou na juventude e na sensibilização do elenco. “Vim com esse objetivo, achava dificil até tirar do rebaixamento. O time havia disputado 24 pontos e ganhado dois. Falei para eles que cada jogo era uma decisão, troquei a esperança de alguns jogadfores veteranos, que não encaixavam bem no esquema, e coloquei a molecada para correr. Mostrei a eles que era possível sair do sufoco e eles entenderam”, relembra.

Antes de vir para o Icasa, Diá tinha no currículo ter livrado o América/RN do rebaixamento para a Série C em 2009. E, no mesmo ano, ter conseguido o acesso à Terceirona pelo Alecrim/RN, depois de ter passado por quatro mata-matas.

Com a experiência de já ter sido bem suscedido em confrontos assim, Diá dá a receita. “Se fizermos o resultado em casa sem tomar gols, será muito importante, acho que 1 a 0 é goleadada. No mata-mata, você pode jogar até defensivamente em casa e mais ofensivamente fora. Até porque você pode sair pro jogo e tomar um gol no contra-ataque”, explica.

Time ofensivo

Mesmo com a cautela para não tomar gols, o técnico potiguar garante que o Icasa terá uma formação ofensiva. Duas dúvidas em relação ao time titular só devem ser decididas hoje.

No meio-campo, pelo lado esquerdo, Éder e Rossini disputam vaga. O primeiro vem sendo titular nos últimos jogos, mas Rossini entrou na segunda etapa no último jogo, contra o Paysandu, e agradou. No último treino, ambos jogaram no time principal.

Um dos principais problemas é o ataque. Niel sentiu a coxa direita e está descartado. Canga, que jogou contra o Papão, mas vinha no sacrifício, sentiu o músculo adutor da coxa direita no treino de anteontem. Caso não possa jogar, dará lugar a Lima.

Adversário estudado para o duelo decisivo

No último treino antes do primeiro duelo decisivo contra o Duque de Caxias, o técnico do Icasa, Francisco Diá, fez um trabalho técnico e tático na tarde de ontem. Em parte do trabalho, durante cerca de 25 minutos, ele acertou o posicionamento do Verdão do Cariri, tomando como base a forma de atuar do rival de logo mais.

Com o adversário devidamente estudado e ressaltando o potencial do time icasiano, Diá passou as coordenadas ao elenco. “É um time que joga com três volantes, ganhou quatro fora de casa e marcou gols em todos os jogos. Eles têm uma movimentação muito forte”, alerta.

“O Duque de Caxias é uma equipe de muito bom conjunto, com um ataque forte e um meio compactado. Temos de ter muita cautela, principalmente porque se trata de uma decisão de 180 minutos”, prega.

Duque sofreu mais gols do que marcou

O Duque de Caxias se classificou para o mata-mata na segunda posição do grupo B, com 29 pontos – nove vitórias, dois empates e sete derrotas. O ataque do Tricolor da Baixada marcou 22 gols e sua defesa sofreu 23.

O time carioca encerrou os preparativos para o jogo ontem, com um treinamento recreativo no Clube dos Comerciários, em Juazeiro do Norte.

No time titular, o lateral-esquerdo improvisado Marco Goiano e o volante e capitão André Gomes passam por tratamento médico, mas devem jogar.

Do Diário do Nordeste

Zeudir Queiroz