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FORTALEZA VIRA CONTRA O CEARÁ E TOMA LIDERANÇA

No primeiro Clássico-Rei do ano, Fortaleza vira contra o Ceará com gols aos 43 e aos 47 do segundo tempo, toma a liderança do rival e agora é o único invicto do Estadual

Por pouco não estragado pelos dirigentes dos dois clubes, o primeiro Clássico-Rei do ano honrou suas tradições quando entraram em cena os verdadeiros protagonistas do espetáculo: os jogadores e as torcidas.

Com um segundo tempo emocionante e decidido aos 47 minutos, o Fortaleza venceu o Ceará por 2 a 1 no Presidente Vargas, dando ao Clássico o desfecho digno de um dos maiores clássicos do futebol nordestino.

Ao virar uma partida que parecia perdida, o Fortaleza roubou a liderança do Vovô e tornou-se o único invicto do Estadual. Agora, o Leão, com 19 pontos e um jogo a menos que os rivais diretos pela liderança – Horizonte (18 pontos) e Ceará (17) -, encara o Icasa no Romeirão, na quarta-feira. Já o Alvinegro, caiu para 3º na classificação e busca a reabilitação contra o Itapipoca, no PV, também na quarta-feira.

Como é de praxe por se tratar do primeiro encontro no ano entre os grandes rivais, o início da partida foi de muito respeito e cautela. Ceará e Fortaleza pareciam primeiro entender as armas do adversário para assim, partirem para o ataque.

Porém, a rigor, só o Fortaleza levou real perigo em seus ataques no primeiro tempo, bastante truncado e sem grandes emoções. Com a marcação encaixada, o Fortaleza não permitiu ao Ceará finalizar, mesmo com os três atacantes, e ainda criou as duas principais chances de gol do primeiro tempo. Aos 18, o baixinho Cléo cabeceou na trave e, seis minutos depois, Rômulo quase marcou em chute colocado que Fernando Henrique espalmou para escanteio.

Com uma saída lenta da defesa para o ataque, que não conseguiu achar o melhor posicionamento, o Ceará voltou mais ligado para o segundo tempo.

Eletrizante

E logo aos dois minutos, o time assustou o Fortaleza como não havia conseguido em todo primeiro tempo, com chute na trave do atacante Romário.

Aos quatro, Apodi driblou Lucas, que o derrubou na grande área: pênalti. O atacante Felipe Azevedo bateu no canto direito e fez o primeiro do Vovô, para explosão da torcida alvinegra.

Foi a senha para o Clássico finalmente pegar fogo, compensando o fraco primeiro tempo. Com a desvantagem, o Leão foi para cima e, aos 17, Cléo empata, mas estava impedido.

Com os dois times alternando bons ataques e também erros, as chances apareciam, mas eram desperdiçadas na mesma proporção, para desespero das duas torcidas no PV.

Quem mais lamentou foi a torcida do Ceará, quando viu Rogerinho acertar o travessão aos 27 e Mota errar a cabeçada no rebote. O gol perdido, e os contra-ataques desperdiçados por Misael e Ederson custaram caro ao Vovô.

Isso porque, aos 43, o Leão empatou, em cabeçada fulminante do zagueiro Ciro Sena.

Empurrado por uma torcida eufórica com o empate, o Tricolor chegou à virada épica aos 47. Kauê cobrou falta com perfeição, dando um desfecho épico ao primeiro clássico do ano.

Cléo novamente rouba a cena no Leão
Uma das surpresas na escalação do Fortaleza no lugar de Ray, o atacante Cléo foi o principal nome do Clássico-Rei de deste domingo, vencido pelo Leão.

O baixinho, que já tinha mudado a partida a favor do Leão na partida anterior contra o Guarany de Juazeiro, quando entrando no segundo tempo marcou um gol e sofreu um pênalti convertido por Geraldo, não se intimidou em ser escalado como titular contra o Ceará, reeditando a boa atuação anterior.

Escalado ao lado de Rômulo no ataque, Cléo foi perigoso desde o início, dando trabalho à defesa alvinegra. E foi dele a melhor chance do Fortaleza no primeiro tempo. Cléo deu um peixinho para mandar a bola na trave. Sempre insinuante na frente, o atacante voltou a ser decisivo no segundo tempo ao cruzar a bola na cabeça do zagueiro Ciro Sena, que empatou a partida. Antes disso, aos 17 minutos, ele já havia marcado um gol, mas o assistente deu impedimento.

Sobre mais uma boa atuação, Cléo foi humilde. “Ainda luto para conquistar o meu espaço, sempre respeitando os companheiros. O objetivo é sempre repetir os bons campeonatos que fiz com a camisa do Treze/PB”.

Mesmo com sua humildade, Cléo ressaltou que o grupo estava muito determinado para conquistar a vitória. “Estávamos iluminados nesse clássico, tanto que deu para virar”, festejou ele, o último a deixar o vestiário.

Fonte: Diário do nordeste

Zeudir Queiroz