No dia de seu aniversário de 96 anos, o Fortaleza empatou sem gols com o Macaé, ontem à noite pelo primeiro jogo do mata-mata da Série C. Com o resultado, o Tricolor do Pici terá de vencer o confronto de volta sábado, dia 25, no Castelão, para alcançar o sonhado o acesso à Série B.
Um novo empate sem gols levará a decisão para os pênaltis, enquanto uma igualdade com gols, classifica o time carioca.
Mesmo com um time mais técnico e sem a pressão da torcida do time mandante – os tricolores tinham mais torcedores que o Macaé no Moacyrzão – o Fortaleza não se impôs na partida.
Extremamente cautelosas, as duas equipes fizeram um confronto equilibrado, mas fraco tecnicamente, com poucas chances de gol para ambos os lados.
Na etapa inicial, as melhores oportunidades foram do time tricolor. Primeiro, aos 17 minutos, Robert só não abriu o placar porque a zaga salvou em cima da linha. A outra chance do Fortaleza foi aos 26 minutos, com Adalberto batendo rasteiro para a defesa de Milton Raphael.
No segundo tempo, o Macaé foi mais agressivo e quase fez seu gol em cobrança de falta de Marquinho aos dez minutos: Ricardo espalmou para fora.
O Leão respondeu aos 21 minutos com Robert soltando uma bomba, mas Waldison não aproveitou o rebote do goleiro. Depois dos 30 minutos, os dois times pouco criaram. O Fortaleza se conformou com o placar e o Macaé não teve forças para superar a zaga tricolor.
“A gente veio em busca da vitória, mas não deu. O empate foi um bom resultado. Agora, Vamos jogar em casa, no campo que a gente conhece e com 60 mil torcedores a nosso favor. Só depende da gente”, declarou Marcelinho Paraíba.
Trânsito quase impede torcedores de verem o jogo
Pelo menos mil torcedores do Fortaleza compareceram ao estádio Moarcyzão para acompanhar de perto a primeira partida das quartas de final da Série C.
Porém, para chegar a Macaé, houve bastante dificuldade, devido ao tráfego intenso da saída do Rio de Janeiro, por conta do feriado prolongado do Dia do Comércio, que será comemorado amanhã, no Rio de Janeiro. O transtorno, no entanto, não impediu o empresário Sílvio Guerra de impulsionar o time do coração no litoral fluminense.
“Saí de Fortaleza as 2h20 e cheguei as 8h. Do aeroporto do Galeão tomei um carro e fui surpreendido com o transito parado. Acho que passei mais de uma hora para atravessar a ponte Rio-Niterói. E para chegar a Macaé o tempo foi ainda maior. Não reclamo, todo sacrifício é válido para alcançar o acesso”, afirmou Guerra, que não sabia do feriado.
Cauteloso
Alguns torcedores mais precavidos, no entanto, se deslocaram para o Rio durante a semana. Como fez o contador Paulo Marcelo. “Não me arrisquei, vim sexta à noite só para ver o jogo. Estou hospedado no Rio de Janeiro e deixei a cidade pela manhã. Após mais de seis horas de engarrafamento, cheguei ao Moacyrzão. Só volto para Fortaleza na segunda, e com a Segunda”, brincou Paulo.
Eduardo Buchholz
Enviado a Macaé
Fonte: Diário do Nordeste
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