Três dias depois de jogar um futebol envolvente pela Copa do Brasil, ao vencer o América/MG por 4 a 1, na Arena Castelão, o Fortaleza atuou com um brilho amortecido, nesse domingo (31), no mesmo local, pela Série C, ao empatar com o Confiança/SE em 2 a 2. A máxima bíblica de que “Não podeis servir a dois senhores” deve ser levada em conta pelo Leão, que vem sendo um gigante na Copa do Brasil, porém, que necessita manter a mesma performance na Série C do Campeonato Brasileiro.
O cansaço e foco na Copa do Brasil parecem influir diretamente no rendimento do time, quando se trata de Série C. A prova disso foi a dificuldade que o Leão enfrentou para não sair de campo derrotado, na noite de ontem, visto que o Confiança, que foi a campo sem pretensão de agredir o adversário, abriu 2 a 0 e uma reação no final fez o Tricolor empatar o duelo.
O sucesso obtido pelo Leão na Copa do Brasil atrai os holofotes para si e os adversários quando vêm à capital cearense, se fecham e exploram contra-ataques, tirando proveito do cansaço e dessa divisão de foco entre as duas competições.
“Não somos robôs. Nosso time cansou demais. Já fizemos 45 partidas no ano, mas mesmo assim, tivemos força para reagir”, disse o técnico Marquinhos Santos, na entrevista coletiva.
Essa situação permitiu que o jogo não existisse no primeiro tempo. Foram incontáveis os números de passes errados de ambos os lados, de modo especial na chamada última bola, quando o Tricolor, principalmente, estava prestes a finalizar.
Para completar uma noite complicada, o meia Daniel Sobralense saiu aos 19 minutos, com uma ânsia de vômito e um mal-estar que será investigado. Rodrigo Andrade foi seu substituto e se movimentou muito, mas ainda sem o entrosamento necessário com o grupo.
O certo é que o Leão foi para o intervalo com um 0 a 0 insosso, que acarretou vaias da torcida.
“A torcida errou ao nos vaiar antes do tempo. Espere o jogo terminar para nos cobrar. A prova disso é que, quando empatamos, eles nos aplaudiram”, disse o volante Pio, depois do jogo.
Mesmo panorama
Se a voz do povo é a voz de Deus, a torcida tinha suas razões, pois o Leão voltou para o segundo tempo com o mesmo marasmo do primeiro. E foi castigado por isso. Se Everton havia falhado num arremate na área, após jogada de Rodrigo Andrade, o time de Roberto Fernandes não perdoou. Aos 12 minutos, surgiu um contra-ataque rápido e Cascata – o organizador do Time Proletário – chutou de longe, rasteiro e marcou 1 a 0.
Marquinhos sacou Juliano e incluiu mais um estreante: João Paulo. O Leão passou a atacar mais, pela necessidade do resultado. Foi o momento em que Ro berto Fernandes sacou Cascata e colocou em campo Wallace Pernambucano. No seu primeiro minuto, ele recebeu de Thiago Silvy, encontrou a defesa tricolor aberta, chutou e fez 2 a 0.
A reação tricolor só ocorreu no pagar das luzes. Aos 36 minutos, Corrêa cruzou da esquerda e Anselmo apareceu entre os zagueiros para marcar. O próprio Corrêa cobrou falta e Lima marcou o gol de empate aos 45 minutos, salvando o time da derrota.
Homenagem
O volante Corrêa recebeu uma homenagem, antes da partida, feita pela diretoria do clube por atingir, nesse jogo contra o Confiança, a marca de 100 jogos com a camisa do Fortaleza. O atleta chegou ao clube em 2014 e segue até hoje.
Contribuição eficiente
O zagueiro Lima, com uma cabeçada certeira no minuto final do tempo regulamentar, salvou o Fortaleza de uma derrota, ao empatar o jogo em 2 a 2 com o Confiança. O atleta havia sido dúvida para a partida, mas fez o seu 10º gol com a camisa tricolor.
Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/
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