A prefeita de Apuiarés, Ana Rufino (PSB), e o prefeito de Moraújo, Ruan Lima (PSD), estão sob investigação do Ministério Público Estadual do Ceará (MPCE) por suspeitas de nepotismo em suas administrações. Além disso, Ruan Lima enfrenta acusações de abuso de poder econômico e compra de votos durante as eleições de 2024.
Nomeações Familiares em Apuiarés
Ana Rufino, eleita com 61,35% dos votos válidos, nomeou o marido, Carlos Sérgio Rufino, como Secretário de Administração e Finanças, o filho, Davi Rufino, como Secretário de Governo, e a sobrinha, Kamilla Rufino, como Procuradora-Geral do Município.
A assessoria da prefeita declarou que as nomeações foram realizadas em conformidade com a legislação e destacou a qualificação técnica dos indicados. O MPCE instaurou um procedimento para apurar se houve nepotismo nas nomeações.
Casos em Moraújo
Em Moraújo, o prefeito Ruan Lima nomeou o pai, Alex Lima, como Secretário de Assuntos Institucionais, e a noiva, Letícia Luna, como Secretária de Saúde. Alex irá atuar de forma voluntária, com seus vencimentos destinados a projetos sociais, enquanto Letícia, estudante de medicina, foi escolhida por sua “experiência em práticas hospitalares”.
A gestão municipal afirmou que todas as nomeações seguem critérios técnicos e legais. No entanto, o MPCE também instaurou um procedimento para investigar possível nepotismo.
Acusações de Compra de Votos em Moraújo
Ruan Lima é investigado por suspeita de compra de votos nas eleições de 2024, com valores que variavam de R$ 2,5 mil a R$ 5 mil. Relatos apontam que ele e outros envolvidos ofereceram dinheiro e empregos em troca de apoio político. O MPCE apreendeu documentos e telefones que indicam um esquema organizado para captar votos de forma ilícita.
A Promotoria da 64ª Zona Eleitoral solicitou a cassação dos diplomas de Ruan Lima, da vice-prefeita, e de uma vereadora, além de multas que variam de R$ 1.064,10 a R$ 53.205. Em nota, Ruan Lima afirmou que sua campanha foi conduzida de forma ética e transparente, e que confia na prevalência da verdade.
Consequências
As investigações podem levar à inelegibilidade dos gestores, além da cassação de seus mandatos, caso as irregularidades sejam confirmadas. O Ministério Público segue acompanhando os casos para assegurar que as administrações municipais estejam em conformidade com a lei.
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