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Polícia dispersa manifestantes com balas de borracha na avenida Beira Mar em Fortaleza

Manifestação terminou com confusão entre manifestantes e Polícia (Foto: Wagner Mendes/O POVO)
Manifestação terminou com confusão entre manifestantes e Polícia (Foto: Wagner Mendes/O POVO)

A manifestação contra o presidente Michel Temer, na avenida Beira Mar, terminou com confusão entre manifestantes e Polícia Militar. O ato foi dispersado com balas de borracha e bombas de efeitos moral quando poucas pessoas deixavam o local, por volta das 19h30min, conforme os participantes. O comando da PM ainda não se manifestou.

O POVO apurou que pelo menos duas pessoas foram detidas e levadas ao 2º Distrito Policial. ”A Polícia estrategicamente esperou o ato se dissipar para atacar as pessoas que estão dentro da manifestação. Quando as pessoas estavam indo ele chegaram para atacar”, relatou a estudante da Universidade Federal do Ceará, Julianne Pinheiro.

Ian Gabriel disse que uma pedra foi jogada contra um prédio por um grupo de Black Bloc e um carro foi incendiado. “A Polícia veio lá de cima fechando um cerco. Houve dois tiros de bala normal e quatro de borracha”, narrou.

”Foi completamente pacífica, acompanhei o todo o tempo quando me avisaram dessa intervenção policial. Isso é um absurdo, vamos virar são paulo, onde são probidas manifestaçoes? O Temer baixa a ordem e o Camilo segue e reprime? É lamentável porque desde a saída da praia de Iracema foi tudo muito pacífico”, questionou o candidato à Prefeitura de Fortaleza, João Alfredo (PSOL).

Segundo um professor, identificado apenas como Leonardo, a Polícia atirou para cima e jogou bombas de efeito moral. “Chegou causando terror nos manifestantes. A Polícia aqui do Ceará agindo como a de São Paulo, tentando criminalizar àqueles que estão lutando, justamente, contra isso. Foi uma surpresa, a galera não entendeu essa atitude truculenta”.

“A gente estava gritando só Temer fascista, ninguém fez nada, ninguém agrediu. Eles só chegaram atirando, bateram em um colega meu. A Polícia sem nenhum treinamento. É isso que a Polícia em toda comunidade pobre de Fortaleza”, contou ao O POVO o estudante do Ensino Médio, Rennede Silva.

O POVO tentou contato com o porta-voz da PM, tenente-coronel Andrade Mendonça, mas as ligações não foram atendidas. A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) também foi procurada, mas ainda não respondeu.
Mais informações em instantes.

Fonte: O POVO Online com informações do repórter Wagner Mendes
Zeudir Queiroz