De acordo com o prefeito José Sarto, equipes da Secretaria da Gestão Regional e da Secretaria Regional 12 estão em campo, fazendo também a capina, lavagem do piso e pintura de meio-fio.
O local onde apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro estavam acampados começou a passar por um processo de limpeza e remoção de entulhos na tarde desta segunda-feira (9). O acampamento, que ficava na Praça Pedro II, no Centro de Fortaleza, foi desmontado em cumprimento a uma decisão judicial do ministro do Supremo, Alexandre de Moraes.
De acordo com o prefeito José Sarto (PDT), equipes da Secretaria da Gestão Regional e da Secretaria Regional 12 estão em campo, fazendo também a capina, lavagem do piso e pintura de meio-fio.
“Amanhã, equipes de Infraestrutura da Seger serão enviadas para avaliar a necessidade de reparos no piso intertravado, no piso tátil, nas rampas de acesso, nas grades metálicas que circundam o monumento “Ballet Gráfico”, do artista plástico cearense Sérvulo Esmeraldo, além de possíveis danos causados à vegetação”, informou o prefeito em uma publicação nas redes sociais.
José Sarto disse ainda que equipes da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) continuam atuando na região para garantir o ordenamento do tráfego de veículos.
Desocupação
A Justiça já havia determinado a “desocupação e dissolução total”, em até 24 horas, de acampamentos bolsonaristas montados próximos a áreas militares de todo o país. A decisão do ministro Alexandre de Moraes determina, ainda, que todos os participantes sejam presos em flagrante.
Mais cedo, o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), falou durante cerimônia de posse de 800 professores no Centro de Eventos, sobre a decisão judicial.
“Nós temos uma determinação judicial do ministro Alexandre de Moraes. É ordem. Nós estamos fazendo todos os contatos, seja com Exército, seja com a Polícia Federal, com a Prefeitura, para que a ordem judicial possa ser cumprida. Eu tenho um prazo de 24 horas para cumprir a decisão judicial efetivamente. Nós faremos o cumprimento da decisão como deve ser”, disse Elmano.
Ataques terroristas
Neste domingo (8), golpistas bolsonaristas invadiram e depredaram o Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, em Brasília, após entrar em confronto com a Polícia Militar na Esplanada dos Ministérios. Os participantes de atos antidemocráticos estavam com pedaços de paus e pedras.
Policiais militares tentaram conter os bolsonaristas com uso de spray de pimenta, no entanto, eles invadiram a área de contenção que cercava o Congresso Nacional. Imagens do local mostram que um veículo da Força Nacional caiu no espelho d’água do Congresso.
Vidraças da sede do Congresso foram quebradas. Os bolsonaristas radicais alcançaram o Salão Verde da Câmara dos Deputados, área que dá acesso ao plenário da Casa.
Os policiais também usaram bombas de efeito moral na tentativa de conter os participantes do ato antidemocrático.
O deputado federal eleito André Fernandes (PL-CE) divulgou, na sexta-feira (6), “ato contra o governo Lula” que resultou na invasão da sede dos Três Poderes, em Brasília, no domingo (8). A publicação foi divulgada nas redes sociais.
“Neste final de semana acontecerá, na Praça dos Três Poderes, o primeiro ato contra o governo Lula. Estaremos Lá”, disse André Fernandes, na sua conta do twitter.
André Fernandes também postou nas redes sociais a imagem da porta do gabinete com o nome do ministro do Supremo Alexandre de Moraes, com a seguinte legenda: “Quem rir vai preso”.
As postagens foram apagadas nos perfis de André Fernandes após a repercussão negativa dos atos golpistas em Brasília. Ele também alterou o link de identificação no Twitter, o que remove o selo de conta verificada da rede social.
Em nota, André Fernandes diz que “não fazia a menor ideia do que algumas daquelas pessoas estavam planejando”. Por “motivos pessoais”, o deputado não esteve presente em Brasília no domingo e “só tomou conhecimento da baderna através da própria imprensa”.
O deputado eleito diz ainda que “não apoia atos terroristas e já escreveu uma nota repudiando os atos”.
Fonte: https://g1.globo.com/
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