Nicolle critica ‘velha política’ no PSB de Sergio Novaes

A empresária Nicolle Barbosa afirma que não subirá no mesmo palanque em que estiver o presidente estadual do PSB, Sérgio Novais
FOTO: FABIANE DE PAULA
As eleições no Ceará ganharam novos contornos após as convenções na última segunda-feira. Entre as reviravoltas, está a troca dos nomes da empresária Nicolle Barbosa pelo da deputada estadual Eliane Novaes na disputa ao Governo do Estado pelo PSB, contrariando o anunciado pelo partido nos últimos meses. Nicolle não aceitou ser candidata a vice e renunciou à presidência do diretório municipal da sigla. Visivelmente consternada com o fato, a empresária relata não acreditar na justificativa dada pelo presidente estadual Sérgio Novaes, minutos antes do início da convenção, de que a decisão foi da executiva nacional pelo fato de Eliane Novaes ser uma parlamentar, o que deixaria um palanque mais competitivo para Eduardo Campos. Segundo ela, o que a chateou na convenção que homologou o nome de Eliane Novaes e não o dela foi a imposição do partido para que ela fosse candidata a vice-governadora de forma constrangedora e em público. Nicolle Barbosa sustenta não ter condições de subir no mesmo palanque que Sérgio Novaes. “Eu perdi a condição de subir no mesmo palanque que esteja o Sérgio, eu fui muito desrespeitada. Perdi a condição natural de estar no meio disso, não tem mais convivência comigo. Não gosto de grosseria, arrogância e prepotência”. Ela classificou como velha política a atitude do presidente estadual do PSB, discurso usado pelo próprio partido para tratar sobre os adversários. “Tudo que ele disse do conjunto que governou o Estado do Ceará foi exatamente tudo que ele usou comigo. Isso foi uma demonstração clara da velha política, não houve diálogo. Eles queriam que eu aceitasse, me usaram durante oito meses e ainda me queriam na vice”. Nicolle conta que a sua imagem como pré-candidata foi feita junto com a reconstrução do PSB no Estado após a saída do grupo liderado pelo governador Cid Gomes. A empresária garante que continuará o relacionamento com PSB pelo menos até o fim das eleições, trabalhando pelas candidaturas de Eduardo Campos e Marina Silva, a partir de um comitê suprapartidário articulado com representantes da Rede Sustentabilidade e de um partido pequeno que apoia o PSB no âmbito nacional que ela prefere não revelar no momento. Fonte: Diário do Nordeste
Zeudir Queiroz

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