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PAPA DIZ QUE JUVENS SÃO CHAVE FUTURO DE ESPERANÇA

Foto: Agência Reuters

O Papa Bento 16 afirmou em seu discurso de Ano Novo que os jovens são cruciais para garantir um futuro de esperança diante do que ele chamou de “sombras no horizonte do mundo atual”. Na Basílica de São Pedro, com embaixadores da Santa Sé de dezenas de países sentados na primeira fileira, o pontífice, usando vestimentas brancas com adornos dourados, celebrou a missa no dia que o Vaticano dedica à paz mundial.
“Eu gostaria de destacar o fato de que, diante das sombras que obscurecem o horizonte do mundo atual, assumir a responsabilidade por educar os jovens no conhecimento da verdade, nos valores fundamentais e nas virtudes é olhar para o futuro com esperança”, disse o papa. Segundo Bento 16, os jovens precisam “aprender a importância e a arte da coexistência pacífica, do respeito mútuo, do diálogo e da compreensão”.
“Os jovens, por sua natureza, são abertos a essas atitudes, mas a realidade social na qual eles crescem pode levá-los a pensar e agir no caminho oposto, até mesmo a ser intolerante e violento”, afirmou, acrescentando que eles podem se tornar “os construtores da paz” se forem educados adequadamente.
Bento 16, que tem 84 anos, pareceu cansado durante a missa, mas sua voz era forte e ele sorriu e conversou rapidamente com famílias e crianças que levaram presentes para ele durante a cerimônia. Como tem feito nos últimos meses, o papa usou uma plataforma com rodas guiada por assistentes, para se locomover pelo longo corredor da basílica entre a entrada e o altar principal. O Vaticano afirma que o aparelho é usado para reduzir o esforço do papa, mas não se deve a qualquer razão médica.
Embora não tenha citado durante a missa conflitos específicos ou a crise econômica que afeta muitos países, em um discurso em inglês feito após a missa a partir de uma janela diante da Praça São Pedro, lotada de milhares de romanos, turistas e peregrinos, Bento 16 convidou todos a rezarem com ele “por paz em todo o mundo, por reconciliação e perdão em áreas de conflitos e por uma distribuição mais justa e igualitária dos recursos do planeta”.

Zeudir Queiroz