O Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina) informou que os trabalhadores cruzarão os braços a partir de 0h desta quarta-feira (31) em todo o País. De acordo com o comunicado entregue aos passageiros nos aeroportos, os grevistas buscam “melhores condições para a categoria e o serviço aeroportuário público de qualidade para o Brasil“. A greve é por tempo indeterminado.
Infraero afirma que está preparada para atender aos passageiros durante a greve. FOTO: TUNO VIEIRA
Segundo o diretor do Sina, Samuel Santos, o tráfego aéreo pode ficar comprometido com a greve. “A proposta do sindicato é parar todos os setores dos aeroportos. O transtorno é o atraso e até o cancelamento de voos, mas a população precisa entender que o pleito é em defesa da sociedade, pois funcionários estão com salários atrasados, houve redução de benefícios. Isso é uma agressão ao trabalhador, que é um ente da sociedade”, afirmou.
São estimados 13 mil trabalhadores aeroportuários em todo o Brasil. Para o sindicato, mais de 70% da categoria deverá aderir à greve. “Nossa expectativa é na faixa de 8 mil a 10 mil trabalhadores aderindo à paralisação”.
Os aeroportuários enviaram 106 cláusulas à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que apresentou sua contraproposta em reunião ocorrida no dias 25 e 26 de julho. A categoria não aceitou as condições da empresa, alegando que “a data base era 1º de maio” e que o texto “propõe redução de custos e de benefícios”, marcando a greve para a quarta-feira. As principais reivindicações são por correção salarial, adicional por tempo de serviço, participação nos lucros, dentre outros. O sindicato acusa ainda a Infraero de não esboçar desejo em evitar a situação. “Não houve contato conosco (nesta terça-feira). A empresa ‘está pagando para ver’, está querendo ver até que ponto a categoria adere ou não (à greve). Ela que está trazendo o maior prejuízo”, criticou Samuel.
Em Fortaleza, o comunicado da greve ao público foi distribuído no Aeroporto Internacional Pinto Martins.
Infraero está preparada para evitar impacto
Diante do iminente comprometimento do tráfego aéreo nacional, a Infraero informou que está “preparada para manter os serviços essenciais e de operacionalidade” mesmo com a greve dos aeroportuários. A empresa frisou que “respeita as manifestações dos empregados e das entidades” e que possui um “plano de contingenciamento, que vai ser aplicado em caso de necessidade”, para minimizar o impacto dos transtornos. Este plano inclui o remanejamento de empregados de outros setores e escalas para reforçar as equipes nos horários de maior fluxo.
Fonte: Diário do Nordeste
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