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Prefeituras devem demitir médicos para receber equipes do governo federal

Foram identificadas 11 cidades, de quatro Estados, que pretendem fazer demissões para receber as equipes do governo federal

Para aliviar as contas dos municípios, médicos contratados por diferentes prefeituras do Ceará e outros estados brasileiro serão trocados por profissionais do Mais Médicos, programa do governo Dilma Rousseff (PT) para levar estrangeiros e brasileiros para atendimento de saúde no interior e nas periferias, segundo informações de reportagem veiculada pelo Jornal Folha de São Paulo.

Na prática, a medida anunciada por prefeitos e secretários de saúde pode ameaçar a principal bandeira do plano: a redução da carência de médicos nesses lugares.

Foram identificadas 11 cidades, de quatro Estados, que pretendem fazer demissões para receber as equipes do governo federal. Segundo as prefeituras, essa substituição significa economia, já que a bolsa de R$ 10 mil do Mais Médicos é totalmente custeada pela União.

As cidades que já falam em trocar suas equipes estão no Amazonas (Coari, Lábrea e Anamã), Bahia (Sapeaçu, Jeremoabo, Nova Soure e Santa Bárbara), Ceará (Barbalha, Cascavel, Canindé) e Pernambuco (Camaragibe).

No Ceará
O Programa Mais Médicos registrou 115 municípios do Ceará inscritos, o equivalente a 62,5% das cidades do estado. Desse total, 88 estão nas regiões cearenses de maior vulnerabilidade social e consideradas prioritárias.

O Ceará vai receber 111 profissionais do programa Mais Médicos, do governo federal. Serão 106 brasileiros e cinco com registro profissional fora do país, atuando em 49 municípios na 1ª fase do programa.

Plano
O plano de Dilma foi lançado em julho e provocou polêmica na classe médica principalmente devido à vinda de estrangeiros –incluindo 4.000 cubanos, que devem ser deslocados para 701 cidades que não despertaram interesse de ninguém na primeira fase do Mais Médicos.

Outro atrativo alegado por prefeituras para a troca de equipes é a fixação desse novo médico no município por um período mínimo de três anos. Prefeitos reclamam da alta rotatividade dos médicos, que não se adaptam à falta de estrutura nessas localidades.

Nesta sexta-feira (30), as prefeituras recebem da União cerca de R$ 10 mil por equipe no programa Saúde da Família. Complementos de salários e encargos, porém, são pagos com recursos de cada cidade.

Com informações da Folha de São Paulo e Cnews

 

Zeudir Queiroz