Eleições 2024

Prefeita é afastada do cargo por suspeita de deixar o marido administrar a cidade

Promotores pedem afastamento de Márcia Bernardino após receberem denúncias de que o ex-prefeito e seu esposo, Junior Tuda, é quem gere prefeitura

A juíza Marianna de Queiroz Gomes, da comarca de Mozarlândia, decidiu pelo afastamento cautelar da prefeita de Araguapaz, Márcia Bernardino (MDB) do cargo. Ela é acusada de deixar o marido, o ex-prefeito do município, José Segundo Rezende Júnior, o Junior Tuda (MDB), mandar na sua gestão.

Junior Tuda e Márcia Bernardino durante festa de fim de ano | Foto: reprodução

A medida cautelar acata pedido do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e também afasta o ex-prefeito de circular pela sede da prefeitura, a não ser em áreas abertas ao público. Também foi decretada a indisponibilidade de bens dos acusados no valo de R$ 50 mil para pagamento de possíveis multas

Segundo denúncia do MP, mesmo estando com os direitos políticos suspensos por decisão judicial, é o ex-prefeito que vem atuando como prefeito de fato do município, localizado a 260 quilômetros da capital.

Jornal Opção tentou contato com a prefeitura de Araguapaz, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria.

O caso

De acordo com a ação, José Segundo Rezende Junior foi prefeito de Araguapaz por dois mandatos, dentre os anos de 2001 e 2008. Neste período, foi alvo de ação por improbidade administrativa, que resultou com suspensão de seus direitos políticos por três anos e multa no valor de dez vezes o valor da última remuneração como prefeito.

Como a confirmação da condenação ocorreu apenas no dia 15 de março de 2016, a suspensão de seus direitos políticos passou a vigorar àquela data, impedindo que ele concorresse às eleições municipais naquele ano, pois incorreu na Lei da Ficha Limpa,.

Impedido, Junior do Tuda indicou a esposa, Márcia Bernardino, para o pleito. Ela acabou sendo eleita, assumindo o cargo no dia 1º de janeiro de 2017.

Desde então a promotoria tem recebido inúmeras notícias e denúncias de que a prefeita eleita não vem exercendo o cargo, mas sim seu marido, o ex-prefeito, à revelia da vontade popular e da decisão judicial proferida pelo TJ-GO.

Fonte: /www.jornalopcao.com.br/

Zeudir Queiroz