O presidente Jair Bolsonaro agiu mal ao demitir Luiz Henrique Mandetta do cargo de ministro da Saúde para 64% dos brasileiros. É o que indica pesquisa do instituto Datafolha realizada e divulgada nesta 6ª feira (17.abr.2020). Mandetta foi demitido no dia anterior, e o oncologista Nelson Teich assumiu a posição nesta 6ª feira.
As entrevistas foram realizadas por telefone para manter o distanciamento social. Participaram 1.600 brasileiros adultos de todas as unidades federativas do país.
A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. Considerando essa margem, há 1 empate técnico entre aqueles que acham que o combate à pandemia vai melhorar com o novo ministro (32%) e aqueles que acham que a situação irá piorar (36%).
APROVAÇÃO DE BOLSONARO
A pesquisa desta 6ª feira (17.abr) mostra que a postura do presidente na gestão do surto do novo coronavírus oscila positivamente no limite da margem de 3 pontos percentuais. De acordo com o dado mais recente, 36% dos brasileiros consideram como boa ou ótima a condução de Bolsonaro. Dos dias 1º a 3 de abril, o percentual era de 33%.
Há empate técnico entre o grupo que aprova e o que desaprova a condução de Bolsonaro (38%).
O índice de aprovação do posicionamento de Bolsonaro é maior entre homens (52%) e empresários (41%). Já entre os estudantes, a maioria (62%) reprova a atuação do presidente.
O Datafolha também questionou a capacidade do presidente de continuar liderando o país. A maior parte (52%) considera que Bolsonaro reúne essa capacidade. Entre os homens, de novo, o percentual sobe (58%). Entre os estudantes, 66% consideram Bolsonaro inapto para a tarefa.
A POSIÇÃO DE TEICH
O novo ministro, Nelson Teich, assume o cargo no lugar de Luiz Henrique Mandetta, que é ortopedista e foi deputado federal pelo DEM do Mato Grosso do Sul por 2 mandatos. Mandetta deixa o governo após divergir de Bolsonaro a respeito do isolamento social. Ele, favorável a medidas restritivas. O presidente, defensor da flexibilização do isolamento social.
Teich defendeu a necessidade de trabalhar em parceria com Estados e municípios para ter “mais agilidade” na solução de problemas. De acordo com ele, não há como trabalhar com propostas para a Saúde “muito lá na frente”. Isso porque o cenário é de “incerteza”, o que gera a necessidade de pensar “a cada dia”.
O agora ministro chegou a criticar o isolamento vertical no início do mês –estratégia defendida por Bolsonaro.
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