Nesta quarta-feira, 16 de outubro, o Ministério de Minas e Energia (MME) descartou a possibilidade de retorno do horário de verão para este ano. Durante coletiva de imprensa, o ministro Alexandre Silveira afirmou que as condições dos reservatórios de energia no Brasil são favoráveis e não justificam a retomada da medida, que adiantava os relógios em uma hora durante os meses de maior luminosidade.
“O Comitê se reuniu 10 vezes para discutir a efetividade e a necessidade de implementação do horário de verão. Chegamos à conclusão de que não há necessidade de sua decretação para este verão”, destacou Silveira.
A decisão foi tomada após consulta com diretores do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Segundo o ministro, o abastecimento energético está garantido, e os níveis de água nos reservatórios estão em um processo de recuperação.
Decisão técnica, não política
Silveira frisou que a decisão foi técnica e de responsabilidade exclusiva do Ministério de Minas e Energia. “Essa não é uma medida de governo, e sim uma decisão técnica do MME e do ministro de Estado. Informei o presidente Lula, mas a decisão partiu de uma análise cuidadosa do nosso cenário energético”, enfatizou.
O horário de verão foi uma prática adotada no Brasil desde 1931, com o objetivo de aproveitar ao máximo a luz solar e, assim, reduzir o consumo de energia elétrica. No entanto, o regime foi oficialmente extinto em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro, que argumentou que a economia gerada era baixa e que os efeitos no relógio biológico da população eram negativos.
Com a decisão, o Brasil segue sem o horário de verão, mantendo o regime atual de funcionamento dos relógios durante o período de maior luminosidade.
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Com informações do Correio Brasiliense
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