Uma adolescente de 15 anos foi agredida fisicamente e teve a cabeça raspada pelo próprio pai após tirar notas baixas. Filha de pais separados, a garota que mora com o pai foi agredida na última quinta-feira em Rondonópolis (a 218 quilômetros de Cuiabá), Mato Grosso.
Como parte do castigo, o pai da adolescente a impediu de entrar em contato com a mãe. A mulher apenas ficou sabendo do ocorrido após a menina pegar o celular da madrasta escondido e enviar a seguinte mensagem: “Mãe, meu pai raspou minha cabeça, estou careca, estourou a minha boca e meu ouvido e peguei o celular escondido. Não me mande mensagem e não ligue aqui. Te amo, beijos”.
Após entrar em desespero por conta da mensagem, a mãe da vítima decidiu entrar em contato com a Polícia Militar para trazer a filha de volta. Ao chegar à residência do ex-marido acompanhada dos oficiais, eles perceberam que não havia ninguém na casa. A mulher então ligou para o pai da vítima e ele chegou a ameaçá-la de morte. Só depois de passar o telefone para os policiais, o homem confessou que a menina estava na casa da sogra dele.
Ao conseguir buscar a filha, a mulher se descreveu em pânico quando viu a cabeça raspada e os diversos hematomas no corpo da adolescente. O crime está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, da Criança e do Idoso, do município. Nesta segunda-feira, 29, a adolescente passou por exame de corpo de delito.
De acordo com a mãe da vítima, a menina estava tirando notas baixas pois não estava conseguindo conciliar o emprego em um supermercado com as aulas à noite. Por andar de ônibus, ela costumava chegar em casa por volta de meia noite e se acordar às 5h para trabalhar. Apesar de a adolescente ter pedido para sair do emprego, o pai não deixou.
A garota, que estava morando com o pai há quatro meses, já havia sido agredida outra vez, mas não fez nenhuma denúncia por medo da reação do pai. Atualmente, a mãe da vítima pediu demissão do emprego e está escondida com a filha. O homem ainda não foi preso.
As informações são do site G1.
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