Marina ganha tempo enquanto estuda propostas do PSDB e PPS

A ex-senadora Marina Silva deixou para este sábado, último dia para a decisão sobre se filiar a algum partido político para se candidatar nas eleições do ano que vem. Marina disse a jornalistas, na tarde desta sexta-feira, que ainda está conversando sobre o assunto com os integrantes da Rede Sustentabilidade, partido que está sendo criado por ela e que teve o registro eleitoral negado na noite passada. Ela foi sondada para ingressar no PSDB, com a possibilidade de ser parceira de chapa com o senador Aécio Neves. O PPS também reforçou o convite à ex-ministra do Meio Ambiente na gestão do petista Luiz Inácio Lula da Silva. Marina cogitou anunciar, horas atrás, a decisão sobre participar do próximo pleito eleitoral e chegou a convocar e adiar o encontro com a imprensa por duas vezes ao longo do dia, mas não conseguiu chegar a um consenso com os dirigentes do futuro partido sobre a possibilidade de se filiar a outra legenda para concorrer. – Há um pensamento que não é homogêneo. Existem pensamentos diferentes. E o que eu quero é ter uma posição coerente com o legado da Rede, que não tem uma visão diferente só sobre o Brasil, é uma visão de mundo. Há muita responsabilidade em relação à minha decisão – disse aos repórteres. Marina preferiu não adiantar quantas propostas já recebeu de partidos políticos, nem se alguma delas tem mais chance de ser atendida. A ex-senadora se limitou a dizer que, caso decida pela filiação partidária, a agremiação deverá estar comprometida com novas propostas políticas, que “quebrem a polarização” entre governo e oposição. – Nesse momento o que nós queremos é verificar na realidade política do Brasil quais são aquelas pessoas, movimento e partidos que estão identificados com uma agenda estratégica para o Brasil – disse. Marina pretende convocar nova coletiva de imprensa neste sábado para anunciar se irá ser candidata, para qual cargo e por qual legenda, apenas algumas horas antes do prezo para filiação partidária se encerrar, a um ano das eleições. Mesmo que opte por se candidatar, Marina Silva ressaltou que continuará trabalhando pela criação da Rede Sustentabilidade e disse que a Rede “já é um partido político, porque já tem base social, com militantes em todas as unidades da Federação”. A Rede Sustentabilidade começou a ser criada em 2011, quando Marina anunciou a ideia de um novo partido voltado para a “sustentabilidade em todos os níveis”. Desde então, as 492 mil assinaturas mínimas necessárias para o registro eleitoral começaram a ser coletadas. Ontem o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indeferiu o pedido de registro da Rede porque o número não foi atingido. Marina alega que o erro foi dos cartórios eleitorais, que desconsideraram as assinaturas de jovens com menos de 18 anos e idosos, que não são obrigados a votar e por isso foram considerados não quites com a Justiça Eleitoral. Ela reclamou também da morosidade desses cartórios em apurar as assinaturas. Fonte: Correio do Brasil
Zeudir Queiroz

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