Chefe de cozinha Guilherme Navarro, de 35 anos, viajou de Curitiba para Fortaleza, onde conheceu Letícia Nascimento, de 26 anos. Guilherme havia realizado, em 2010, o cadastro para ser um doador voluntário.
O chefe de cozinha Guilherme Navarro, de 35 anos, viajou mais de 3,3 mil quilômetros, saindo do Curitiba, no Paraná, para conhecer, Letícia Nascimento, 26, moradora de Fortaleza, mulher para quem ele doou medula e ajudou a salvá-la.
O encontro aconteceu nesta quarta-feira (21), no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), no Bairro Rodolfo Teófilo, na capital.
Há três anos, depois do diagnóstico de leucemia, Letícia passou por um transplante de medula óssea. Guilherme havia realizado, em 2010, o cadastro para ser um doador voluntário. O paranaense foi a pessoa compatível com a cearense.
“E aqui estamos nós todos felizes. Eu por ser escolhida e abençoada por Deus. Milagre da vida duas vezes. E muito grata a ele, o Guilherme, somente gratidão. Tive a chance de realizar meu sonho. Fazer biomedicina e ajudar outras pessoas”, afirmou Letícia Nascimento.
“Esse ato de amor me permitiu estar aqui contemplando a vida e seguindo na busca da realização dos meus sonhos. Um deles é conhecê-lo pessoalmente. Espero ansiosamente pelo dia que irei dar um abraço no irmão que Deus me presenteou”, destacou.
“Sou muito grato pela oportunidade que vocês e Deus me deram de fazer a diferença com a minha vida. É muito gratificante ver a Letícia bem e correndo atrás dos seus sonhos”, respondeu Guilherme.
“Somos apenas parte do processo. É tão doloroso para quem sofre com isso. Perdem-se tantos sonhos. Atrasa tantos planos. Quem luta contra o câncer é guerreiro. Nós damos apenas esperança para que eles continuem lutando”, reforça.
Quebra de sigilo
Segundo o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), somente após um ano e oito meses do transplante é possível ter a quebra de sigilo de identidade entre doador e receptor.
“Para iniciar o processo, independentemente de quem tenha manifestado o interesse, é necessário que ambas as partes estejam de acordo e que o paciente esteja bem clinicamente, além de ter indicação médica atestando a aptidão para conhecer o seu doador”, detalha a coordenadora do Núcleo de Medula Óssea, Francisca Rodrigues.
O primeiro passo, ela indica, é entrar em contato com o Redome informando a data da coleta ou do transplante. “Com os dois envolvidos de acordo, assinam um termo de consentimento para revelação e aguardam o retorno do Registro para o sigilo ser quebrado”, continua.
Para se cadastrar, o voluntário precisa ter de 18 a 35 anos, estar saudável, não ter sido diagnosticado com câncer e apresentar um documento de identificação oficial com foto. O doador também preenche uma ficha com dados pessoais e tem coletada uma amostra de 5 ml de sangue.
As pessoas já cadastrados devem ficar atentas para o caso de serem convocadas e atualizar os dados quando houver mudança de endereço e telefone.
Locais de cadastro no Ceará (Fortaleza e Interior)
- Sede do Hemoce (Av. José Bastos, 3390 – Rodolfo Teófilo)
- Shopping Del Paseo (Av. Santos Dumont, 3131 – Aldeota)
- Instituto Dr. José Frota (IJF) (Rua Barão do Rio Branco, 1816 – Centro)
- No interior cearense, os interessados podem fazer o cadastro nos hemocentros regionais de Sobral, Quixadá, Iguatu, Crato e no hemonúcleo de Juazeiro do Norte.
Fonte: https://g1.globo.com/
- Polícia Federal Indicia Jair Bolsonaro e 36 Pessoas por tentativa de golpe de estado - 21 de novembro de 2024
- Deputado Apóstolo Luiz Henrique condena divisão entre fiéis e discurso de ódio na política - 21 de novembro de 2024
- Feirão SPC Brasil: renegociação de dívidas com descontos de até 99% - 21 de novembro de 2024