Diálogo com PSDB amplia chances de Chinaglia na Câmara

Chinaglia falou a um grupo de parlamentares, em um encontro no Rio
Chinaglia falou a um grupo de parlamentares, em um encontro no Rio
Ao longo das últimas horas, o panorama na campanha à Presidência da Câmara começou a mudar em favor do candidato do PT, deputado Arlindo Chinaglia (SP), que abriu uma janela de diálogo com a Executiva Nacional do PSDB. Principal ator da oposição, no país, o partido dos tucanos aceitou discutir um possível apoio à candidatura petista. A exposição do adversário Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ao envolvimento com a divulgação de um ‘grampo’ – possivelmente forjado com o objetivo de vitimizá-lo na Operação Lava-Jato – surtiu efeito reverso. Cunha, tido como favorito na corrida ao terceiro posto mais importante da República, agora perde terreno para o líder petista. Segundo o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), nesta semana, “o cenário mudou”, com o apoio do PSD à campanha de Chinaglia. O partido detém a quarta maior maior bancada da Câmara. – Muita gente dentro e fora do parlamento não quer Cunha neste cargo – afirmou Teixeira. Trincheiras No 1º turno do pleito, o PSDB já confirmou que apoiará o único candidato de oposição que se lançou para a disputa, o mineiro Júlio Delgado, do PSB. Mas, em um eventual 2º turno, os tucanos ainda não fecharam posição. A conversa de Chinaglia com os líderes tucanos, segundo afirmou ao Correio do Brasil uma fonte, próxima do encontro, “foi bastante positiva”. A iniciativa de pedir a reunião, segundo a fonte, “coube à campanha petista” e, como a expectativa é que a eleição seja decidida entre os dois candidatos da base aliada, Chinaglia foi adiante na tentativa de um cessar-fogo temporário com as trincheiras tucanas. – Eu acredito que esta eleição não será definida pela lógica tradicional de governo versus oposição – disse o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) a jornalistas.. Segundo afirmou, há um sentimento generalizado de nenhum deputado, independente do seu partido ser da situação ou da oposição, deve contribuir para o risco de que um representante dado a práticas pouco republicanas acabe mergulhando o parlamento em uma crise. – Eduardo Cunha já vem sofrendo desgaste justamente pelo seu estilo de bater em todo mundo. Ele já atacou Arlindo e seu filho, o ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, a Polícia Federal e, agora, dispara contra o Fontana (deputado Henrique Fontana, líder do governo na Câmara) – enumera. Para Teixeira, Cunha utilizou na campanha o raciocínio de cooptação dos deputados, enquanto Chinaglia preferiu dialogar com todo mundo. Com isso, o peemedebista acabou desgastado. – Cunha já sentiu que o jogo virou. Por isso, tá batendo pra todo lado – concluiu. Fonte: Correio do Brasil
Zeudir Queiroz

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