Cubano suspeito de errar prescrição volta a atender

Gómez Molina foi inocentado da acusação de receitar superdose de dipirona para bebê. Ministro diz que responderá ao TCU sobre suspeitas de irregularidades no Mais Médicos Durou menos de dois dias o afastamento do médico cubano Isoel Gómez Molina das funções na Unidade de Saúde da Família (USF) no bairro de Viveiros, em Feira de Santana (BA), 110 quilômetros a oeste de Salvador. Suspeito de prescrever uma superdosagem do medicamento dipirona a um bebê de um ano e 10 meses, o profissional foi inocentado pela Secretaria de Saúde do município, que havia aberto sindicância, em conjunto com a secretaria estadual e o Ministério da Saúde, para apurar o caso O afastamento de Molina, definido na tarde de quarta-feira passada, foi causado por denúncia de uma médica do município, com base em receita passada pelo cubano, que indicava a aplicação de 40 gotas do analgésico e antitérmico dipirona para a criança, de 10,2 quilos, quando a própria bula do medicamento prevê o uso de uma gota por quilo. O caso ocorreu na segunda-feira passada, 18. Em nota, a Prefeitura informou que Molina foi ouvido, explicou o ocorrido e volta a atender na segunda-feira. Segundo o coordenador do Programa Mais Médicos na Bahia, Washington Abreu, as 40 gotas previstas na receita “não eram para ser ministradas em dose única, mas em quatro vezes, a cada seis horas, em caso de dor ou febre”. A Prefeitura também informou que colaborou para o esclarecimento do caso, além do depoimento da mãe da criança, a diarista Gilmara Santos. Ela relatou ter sido corretamente instruída pelo médico. Segundo Abreu, para evitar mais confusões em receitas, todos os profissionais integrantes do Mais Médicos na Bahia vão passar por um reforço no treinamento de prescrição de medicamentos. Irregularidades? O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que a pasta prestará todas as informações necessárias para esclarecer as suspeitas de irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília, no Programa Mais Médicos. Uma auditoria do TCU apontou “indícios de irregularidades” na contratação de cubanos pelo programa, como o pagamento sem justificativa técnica de R$ 24,3 milhões à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), com a qual o Governo federal fechou convênio para trazer quatro mil médicos de Cuba. A votação do TCU foi suspensa depois de pedido de vista do ministro José Jorge. “Para nós, ficou claro que não é uma posição fechada do TCU, é uma posição inicial”, disse o ministro, depois de participar da inauguração de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no município cearense de Horizonte. (das agências de notícias) Fonte: O Povo
Zeudir Queiroz

Compartilhar notícia: