BRASÍLIA – O bicheiro Carlinhos Cachoeira voltou a ser preso na tarde desta sexta-feira. A decisão foi do juiz Alderico Rocha Santos, da 11ª Vara Federal em Goiânia. O contraventor foi preso em casa, no Residencial Alphaville, em Goiânia, e levado para a Superintendência da Polícia Federal (PF) .
O pedido de prisão feito por Alderico foi incluído na sentença de quase 500 páginas referente ao processo principal da Monte Carlo, que também saiu nesta sexta-feira. Cachoeira foi condenado a 39 anos e oito meses de prisão.
Além de Cachoeira, outros sete réus foram condenados na sentença do juiz Alderico. Apontado como braço-direito do bicheiro, Lenine Araújo de Souza foi condenado a 24 anos e quatro anos de prisão. Contador do grupo – e foragido da Justiça -, a pena para Geovani Pereira da Silva é de 13 anos e quatro meses de reclusão. O araponga Idalberto Matias, o Dadá, foi condenado a 19 anos e três meses. O ex-vereador tucano Wladmir Garcez teve a pena estabelecida em sete anos. Gleyb Cruz, que ajudava Cachoeira na movimentação de dinheiro ilícito, segundo a acusação, foi condenado a sete anos e oito meses. O responsável pela exploração do jogo no DF e no Entorno do DF, José Olímpio de Queiroga Neto, teve a pena estipulada em 23 anos e quatro meses de prisão. Seu irmão Raimundo de Sousa Queiroga foi condenado a 12 anos e oito meses de prisão.
O processo em curso na 11ª Vara Federal é o principal dentre as acusações contra o bicheiro. Trata de formação de quadrilha armada, corrupção ativa e passiva, peculato e violação de sigilo, crimes apontados pela PF e pelo Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Operação Monte Carlo. A expectativa do MPF é de que o juiz tenha condenado o bicheiro a uma pena alta.
O teor da sentença será divulgado ainda nesta sexta-feira. Na mesma vara, o bicheiro responde a outro processo por contrabando e descaminho de peças para máquinas caça-níquel. Na ação, o MPF voltou a pedir a prisão do bicheiro, o que foi decidido por Alderico nos autos principais referentes à Monte Carlo.
Em nota, a PF informou que Cachoeira encontra-se nas dependências da Superintendência em Goiânia, sendo aguardada decisão judicial “que poderá transferi-lo a qualquer momento para estabelecimento do sistema penitenciário, estadual ou federal”.
Após nove meses preso, Cachoeira havia sido solto dia 21 de novembro em razão de uma decisão da 5º Vara Criminal em Brasília . A juíza Ana Claudia Costa Barreto condenou o bicheiro a cinco anos de prisão em regime semiaberto. Em função disso, na mesma sentença, a juíza havia expedido um alvará de soltura para o bicheiro, que estava preso preventivamente.
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