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Três municípios cearenses correm risco de ter surto de dengue

O Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) deste ano revela que 77 municípios brasileiros estão em situação de risco de surto de dengue. Entre as capitais, apenas Porto Velho aparece na lista.

Ao todo, 375 cidades aparecem em situação de alerta e 787 foram considerados satisfatórios, por apresentarem índices inferiores a 1%. A pesquisa, que traça um panorama para identificar onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor da dengue, foi realizado em 1.239 municípios, o que representa um acréscimo de 31% com relação aos participantes de 2011. No ano passado, 800 municípios realizaram o LIRAa.

Veja a relação e o índice de infestação levantados pelo LIRAa 2012

Segundo o levantamento, os municípios classificados como de risco apresentam larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis pesquisados. É considerado estado de alerta quando menos de 3,9% dos imóveis pesquisados têm larvas do mosquito, já o índice satisfatório é adquirido quando está abaixo de 1% de larvas do Aedes aegypti. Dos 77 municípios em situação de risco neste estudo mais recente, 58 realizaram o LIRAa pela primeira vez e 10 mantém a situação de risco, a exemplo de 2011.

CEARÁ – No Ceará, apenas três cidades estão entre aquelas que aparecem na relação das com risco de surto de dengue. São elas: Quixadá (6,3%), Tejuçuoca (4,9) e Baturité (4,5).

Já os municípios que aparecem em estado de alerta, o LIRAa classificou oito: Caucaia (2,7%), Tauá (2,6%), Canindé (2,5%) Horizonte (2%) Quixeramobim (2%) Parambu (1,8%) Pacatuba (1,3%) Crateús (1%).

Já na relação das cidades com o índice satisfatório aparecem os municípios de Itapipoca (0,3%) Maracanaú (0,3%) Tianguá (0,3%) Icó (0,2%) Iguatu (0,2%) Eusébio (0,1%) Acaraú (0%) Limoeiro do Norte (0%) Mauriti (0%) Morada Nova (0%) Sobral (0%).

ATIVIDADES
– Nos últimos três anos, os recursos para o financiamento das ações de vigilância, o que inclui o controle da dengue, apresentaram uma evolução. Em 2010, o Ministério da Saúde transferiu para os estados e municípios R$ 1,05 bilhão, em 2011 foram R$ 1,34 bilhão e neste ano o montante previsto é de é R$ 1,72 bilhão. Esses recursos são utilizados pelos estados e municípios no financiamento das atividades essenciais para o controle da dengue, como a visita dos agentes de saúde, compra de equipamentos e treinamentos de pessoal.

Como parte das medidas de combate à dengue, o Ministério da Saúde também distribuição 450 mil exemplares (bolso e mesa) da classificação de risco do paciente com dengue. Com este instrumento, profissionais da saúde tem mais facilidade para o atendimento e orientação aos pacientes. Também foi realizada a capacitação, em larga escala, dos profissionais de saúde, por meio da estratégia “Dengue em 15 minutos”. A capacitação promove a atualização do conhecimento dos profissionais de saúde pelo ensino a distância da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNASUS).

O Ministério da Saúde também desenvolveu outras ações, como o aprimoramento da capacidade de alerta e resposta à dengue, por meio dos sistemas de vigilância e monitoramento dos municípios para detecção precoce de surtos. A revisão e atualização dos planos de contingência e a manutenção de estoque estratégico de inseticidas e kits diagnóstico para atendimento rápido às demandas durante o maior período de incidência da doença, são outros exemplos de medidas implementadas para o controle e prevenção da doença.

Do CNEWS

Zeudir Queiroz