Tremor de terra de 2.6 graus é registrado na cidade de Itatira

Foto: Reprodução da web

Na manhã desta segunda-feira (29), o município de Itatira, localizado a 214 km de Fortaleza, foi surpreendido por um tremor de terra de 2.6 graus na escala mR, uma medida desenvolvida especificamente para o Brasil. O epicentro do abalo foi identificado a aproximadamente 15 km do distrito de Lagoa do Mato, uma área que, até então, não havia registrado atividades sísmicas de tal magnitude.

Especialistas em sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) explicaram que, embora eventos sísmicos sejam relativamente comuns em algumas regiões do Nordeste brasileiro, Itatira nunca havia experimentado um tremor “dessa ordem de grandeza ou menor”. Os especialistas apontam que esses abalos geralmente são causados por falhas geológicas e pela pressão acumulada no interior da Terra, fatores que podem provocar movimentações inesperadas na crosta terrestre.

Os tremores ocorrem devido a falhas geológicas que acumulam tensão ao longo do tempo e liberam essa energia de forma súbita. Embora sejam relativamente comuns em algumas partes do Nordeste, cada evento oferece uma oportunidade única para compreender melhor a dinâmica sísmica da região.

Apesar dos avanços na ciência sismológica, prever a ocorrência de tremores de terra continua sendo um desafio em qualquer parte do mundo. No entanto, após um evento, é possível realizar estudos para mapear a área afetada e entender melhor a frequência e as características dos abalos nas regiões próximas.

O Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Labsis-UFRN) foi responsável pelo registro e monitoramento do tremor em Itatira. Este laboratório é renomado pelo seu trabalho de monitoramento de atividades sísmicas em todo o Nordeste brasileiro, fornecendo dados valiosos para pesquisadores e autoridades locais.

Segundo o Labsis-UFRN, nos primeiros seis meses deste ano foram registrados 21 casos de abalos sísmicos na região nordestina, uma redução de 40% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando 35 eventos foram documentados.

Com informações do Gcmais

Zeudir Queiroz

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