Os motoristas de ônibus do transporte intermunicipal paralisam as atividades, na manhã desta sexta-feira, 19, no terminal rodoviário Deputado Manoel Rodrigues, em Sobral. 250,3 km de Fortaleza. A categoria, que permanece em estado de greve e reivindica reajuste salarial de 13%, mas o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Intermunicipal e Interestadual do Ceará (Sinterônibus) oferece aumento 8,34%. Paralisação iniciada às 10h30min vai até as 12h30min.
Com a paralisação na rodoviária, ônibus da empresa Guanabara, principalmente, estão com as atividades prejudicadas. Toda a região norte do Ceará, como Camocim, é atingida, além das linhas interestaduais do Piauí, Maranhão e Belém.
De acordo com o presidente do Sinteti, Carlos Jefferson, os empresários não apresentaram nenhuma proposta e, agora, conseguiram liminar na Justiça para impedir paralisações em Fortaleza. “Eles estavam enrolando as negociações para impedirem bloqueios a 50 metros de garagens e rodoviárias da capital. Marcamos nossa assembleia a 60 metros e não cedemos”, explicou.
De acordo com Carlos Jefferson, em três meses de negociação, o Sinter Ônibus não demonstrou nenhuma proposta que respeitasse os trabalhadores do transporte intermunicipal. “Tentaram nos intimidar com essa liminar, mas não vão conseguir. Nós continuaremos com as paralisações sem descumprir a lei”, completou.
O Sinteti informou que novas paralisações estão marcadas até a última reunião com o Sinter Ônibus, marcada para o dia 30 de junho. “Não estamos animados para essa reunião, pois nenhuma proposta válida foi apresentada até o momento”, disse Jefferson. Os próximos pontos de paralisações, bem como as datas, não foram divulgadas.
Na quinta-feira, 18, o Sinteti fechou a garagem da empresa Guanabara, na BR-116, das 15h às 17h30min. Representantes da Guanabara disseram que a proposta foi feita de acordo com a condição das empresas “no momento em que todas estão em dificuldade”. A data base da categoria é 1º de maio, mas o aumento não ocorreu. No Maranhão, foi determinado reajuste de 8,5% e, na Bahia, de 10%.
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