Os cerca de 4 mil trabalhadores da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) decidiram não acatar a orientação sindical que pedia o retorno às atividades no canteiro de obras e continuam com a paralisação que já dura duas semanas, segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústria da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Estado do Ceará (Sintepav-CE).
Pedido para volta ao trabalho foi feito pelo sindicato após decisão da Justiça. Foto: VCrepórter/Marcos
O presidente do Sintepav-CE, Raimundo Nonato, explica que o pedido feito aos trabalhadores para voltarem às atividades normais foi feita após uma decisão judicial determinar a ilegalidade da paralisação, mas disse que o acordo entre a empresa e categoria não está sendo cumprido.
“Os problemas continuam, pois o acordo coletivo está sendo descumprido. Os reajustes salariais e o pagamento dos novos valores da cesta básica não têm sido atendidos”, esclareceu o presidente que ainda reclamou de maus tratos que os trabalhadores estariam sofrendo.
Posco afirma estar aberta às negociações desde o início
A Posco E&C do Brasil, responsável pela obra, declarou, em nota, que a empresa sempre esteve aberta à negociação. Sobre as irregularidades apontadas pelo Sintepav, a empresa disse que as providências foram encaminhadas para o sindicato, seguindo o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) vigente.
A Posco ressalta ainda que as negociações com o sindicato continuam e, após a assembleia, que será realizada nesta quinta-feira (01°), os trabalhadores decidirão pelo retorno ou não aos seus postos na obra da CSP.
Sobre a ilegalidade da greve, a empresa diz que o sindicato não respeitou os procedimentos definidos em lei e não cumpriu a decisão judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região que garantia um quadro mínimo de trabalhadores para a manutenção das atividades essenciais da obra. Sobre isso, a empresa está tomando as medidas legais cabíveis.
Fonte: Diário do Nordeste
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