Servidores do IFCE abrem ponto de arrecadação de alimentos e material escolar, para agricultores da Chapada do Apodi

Manifestando apoio à ocupação do Perímetro Irrigado Jaguaribe-Apodi, que acontece desde o último dia 5/5, o Sindicato dos Servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (SINDSIFCE) abriu um ponto de arrecadação e convida servidores do Instituto e a sociedade cearense em geral a doar alimentos não perecíveis e material escolar, destinados aos agricultores populares da região. 

Os cerca de mil trabalhadores que participam da ocupação exigem dos governos federal e estadual o atendimento imediato de reivindicações como o assentamento das mais de 100 mil famílias acampadas em todo o Brasil; a realização da reforma agrária, atualmente estagnada; o julgamento e a condenação dos responsáveis pelos assassinatos dos trabalhadores rurais (como Zé Maria do Tomé, morto em 21 de abril de 2010); e mais investimentos do Governo Federal para a agricultura familiar e camponesa.

As doações de alimentos não perecíveis (feijão, arroz, macarrão, massa de milho, café, água e outros) e material escolar (lápis, caderno, papel ofício, lápis de cor, giz de cera, borracha, tinta e outros) podem ser feitas até a próxima sexta-feira, 16 de maio, das 8h às 18h, na sede do SINDSIFCE, localizado à Rua Aratuba, Nº01-A, Benfica, em Fortaleza-CE. Em caso de dúvidas, entrar em contato pelo telefone (85) 3223-6370. 

A ocupação do Perímetro Irrigado Jaguaribe-Apodi vem sendo realizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e por comunidades da Chapada, com o apoio do Movimento 21 (integrado por Conlutas, FAFIDAM/UECE, UFC/TRAMAS, CPT Ceará, Cáritas Diocesana de Limoeiro do Norte e STTR do Apodi).

O modelo, financiado e apoiado pelo Estado, é o mesmo e se estrutura com as forças do capital, por meio da carcinicultura, energia eólica, especulação imobiliária, exportação de frutas e flores, uso de agrotóxicos, complexos industriais, mineração, grandes obras hídricas, indústria da seca etc, resulta em milhares de camponeses expulsos de suas terras e territórios, aumento da concentração da renda, da terra e da água, gerando pobreza, violência e mortes.