Previsto para inaugurar em outubro deste ano, o primeiro outlet do Ceará já estima faturar cerca de R$ 53 milhões apenas nos primeiros três meses de operação no Estado. Com investimentos da ordem de 80 milhões, o novo centro de compras, localizado em Caucaia, será baseado no modelo internacional, onde produtos de marcas famosas são encontrados em liquidação durante todo o ano.
O empreendimento, intitulado Outlet Fashion Fortaleza, contará inicialmente com 75 lojas de diferentes marcas locais, nacionais e estrangeiras distribuídos em 20 mil metros quadrados de ABL (Área Bruta Locável). Dentre os nomes já confirmados estão Nike, Calvin Klein, Lacoste, TNG, Ellus, Kippling, John John, Mandi e Le Lis Blanc.
“As obras estão em sua fase final. Dentro de algumas semanas os espaços estarão disponíveis para os lojistas iniciarem a montagem de suas lojas”, conta André Costa, sócio-diretor da About (Agência Brasileira de Outlets), empresa que prestar consultoria de planejamento e comercialização de outlets no País.
Coleções
De acordo com o diretor, os produtos disponíveis no equipamento fazem parte de três diferentes linhas, sendo a primeira de coleções passadas, a segunda de linhas atuais, mas que não venderam nas lojas convencionais, e a terceira com itens desenvolvidos diretamente para vender nos outlets. “São produtos com a mesma qualidade. A Nike, por exemplo, faz isso. Para se ter uma ideia, a loja da marca no Ceará será a maior dentre todos os outlets do País, com quase 1,4 mil metros quadrados”, conta.
Demanda
A escolha da Região Metropolitana de Fortaleza para abrigar o equipamento, que será o sétimo do País, foi uma demanda dos próprios lojistas, explica o diretor. “Os locais onde estão sendo desenvolvidos projetos de construção de outlets foram escolhidos pelas próprias marcas. Realizamos uma pesquisa e Fortaleza foi uma das que mais teve receptividade por parte dos lojistas”, conta. Ele destaca, ainda, que não existe possibilidade do outlet concorrer com os demais centros de compras da região, pois o novo empreendimento deve surgir como um canal complementar. “A nossa preocupação, quando avaliamos o terreno em que construimos o outlet, era justamente se aquele empreendimento conflitaria com outros já existentes. Mas, o shopping pode funcionar com uma ‘válvula de escape’, ou seja, coleções que não têm boa performance (não vende) nos shoppings, podem ser transferidas para os outlets, a um preço menor, estimulando a queima de estoque”, enfatiza.
Empregos
A estimativa é que cerca de 700 empregos diretos sejam gerados após a inauguração do outlet. Além disso, as novas oportunidades devem suprir uma demanda de 4 milhões visitantes que devem passar por ano pelo local. O empreendimento, que ocupará uma área total de 200 mil metros quadrados, contará, ainda, com praça de alimentação e 1,3 mil vagas de estacionamento.
Turistas
De acordo com André Costa, cerca de 20% dos consumidores que devem comprar no centro de compras serão oriundos do turismo cearense. “Estamos falando dos mesmo clientes dos shopping centers tradicionais, ou seja, as classes A, B e C, sendo que as duas últimas terão uma participação da ordem de 70% nas vendas do empreendimento”, acrescenta.
Raíssa Hilgenberg
Repórter
Fonte: Diário do Nordeste
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