Premium II: capacidade pode ser modulada

Sucesso da CSP e outros empreendimentos no Ceará vai determinar a vinda de novos investimentos coreanos Aguardada pelos cearenses há mais de 20 anos, a refinaria de petróleo Premium II, a ser construída em São Gonçalo do Amarante, deverá ter sua planta industrial de refino alterada. O que seria uma refinaria com capacidade para processar 300 mil barris de petróleo, por dia, agora será dividida em três módulos, com produção diária de 100 mil barris, cada, o que significa que a construção do empreendimento será segmentada, ou seja implantada em partes e não mais deverá ocupar, totalmente os 1.954 hectares de área cedidos pelo governo do Estado a Petrobras, no primeiro momento. Liderado pelo embaixador da Coreia do Sul, Koo Bom-Woo, grupo de 11 empresários coreanos visita, hoje, o Porto do Pecém, e à tarde, vai à FIec. Ontem, eles conheceram as obras da CSP, em São Gonçalo do Amarante fotos: divulgação Outra mudança, já em curso, é o parceiro financeiro e tecnológico. A nova perspectiva, depois que a Petrobras anunciou que não tinha condições financeiras para bancar sozinha o empreendimento, é que o novo sócio seja uma empresa chinesa e não mais coreana, como se previa anteriormente. A empresa coreana GS Energy Corporation (GSE), empresa do mesmo grupo da GS Caltex, deverá fazer apenas desenvolver os estudo do projeto executivo, conforme anunciou a própria Petrobras, ontem. Redesenho O novo desenho da planta de refino, em módulos, e o novo sócio financeiro e tecnológico para a Premium II, foi confirmado no início da noite de ontem, por uma fonte próxima ao governo do Estado do Ceará. “O novo parceiro tem tecnologia e base financeira”, antecipou a fonte, segundo quem o novo sócio foi apresentado pelo governo do Ceará e bem recebido pela Petrobras. Conforme disse, além de dominar tecnologia de ponta na área de refino, expertise que a Petrobras já não tem, o novo sócio asiático tem forte potencial financeiro. Ele lembrou que a última refinaria construída pela Petrobras foi há mais de 20 anos e que o novo arranjo financeiro da estatal petrolífera exige que a maior parte dos investimentos a serem realizados na Premium II, sejam de capital de terceiros. A ideia do governo do Estado entrar como sócio simbólico no empreendimento se mantém. Dessa forma, acredita a fonte, as chances para o que as obras sejam iniciada no ano que vem, ganham força. Conforme avalia, definido o parceiro financeiro, todas as barreiras à implantação da refinaria estarão superadas. Ele informa que a última “pedra no caminho”, – o terreno para a comunidade indígena Anacé,- também já foi retirada e que a infraestrutura de água, energia, sistemas viários e os modais de transportes já estariam todos equacionados. Caravana coreana Uma caravana formada por 11 empresários coreanos dos setores de petróleo e gás, automobilístico e financeiro, chefiada pelo embaixador da República da Coreia do Sul, Koo Bom-Woo, chegou ontem, ao Ceará, para uma série de visitas a empreendimentos no Estado. À tarde, eles visitaram as obras de construção da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) e em seguida foram recebidos pelo prefeito de São Gonçalo do Amarante, Cláudio Pinho, de quem ouviram uma exposição sobre os potenciais econômicos do município e as oportunidades de negócios que podem desenvolvidos pelos coreanos na região e no Estado. Segundo o embaixador, ainda é cedo para falar em novos investimentos, além da CSP, mas a visita ao Porto do Pecém que farão hoje, será importante para conhecer a infraestrutura do Estado para que os empresários coreanos avaliem a possibilidade de trazer novos negócios para o Ceará. Woo não falou sobre a possibilidade de instalação de montadoras da Hyundai e da Kia no Ceará e no País, além das que já existem. “Viemos verificar ‘in loco’, as oportunidades de investimentos” e conhecer as obras da CSP”, revelou o diretor da Daewoo Internacional, Daniel Chai. “Investimentos previstos para o momento não temos, mas podemos, no futuro, vir a instalar uma agência do banco no Ceará”, acrescentou o diretor presidente do Banco KEB, Dong Man Lee, segundo quem, “tudo irá depender do sucesso da CSP” e do volume de negócios que surgirem a partir daí. Carlos Eugênio Repórter Fonte: Diário do Nordeste  
Zeudir Queiroz

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