Dentre as acusações contra Lenilson Laurindo da Silva está favorecer prostituição ou outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável – artigo 218-B do CPB
Um padre foi preso preventivamente nesta sexta-feira, 7, sob a suspeita de abusar sexualmente de adolescentes, em Juazeiro do Norte, no Cariri Cearense. A prisão ocorreu após denúncia da mãe de uma das vítimas ao Ministério Público do Estado (MPCE), que investiga o caso há cerca de dois meses.
O padre Lenilson Laurindo da Silva prestou depoimento e foi encaminhado à Penitenciária Industrial Regional do Cariri. Ele é vigário da paróquia Nossa Senhora de Fátima, no Crato. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara de Justiça Criminal de Juazeiro do Norte, efetivados com o apoio da Polícia Civil do Crato e de Juazeiro do Norte. Os mandados foram cumpridos em dois endereços, onde foram apreendidos celulares, computadores e HDs externos, informa a assessoria de imprensa do MPCE.
Como o caso tramita em segredo de justiça, “não é prudente” prestar maiores detalhes sobre o caso, “até para não expor as vítimas”, diz a titular da 6ª Promotoria da Justiça de Juazeiro do Norte, Juliana Mota. Ela, no entanto, adianta que as denúncias apontam mais de uma vítima das ações do padre, sendo que a acusação de maior gravidade é pelo artigo 218-B, do Código Penal Brasileiro (CPB): “Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável”. A pena prevista para esse crime varia de quatro a dez anos de prisão.
Em nota, a Diocese do Crato informa ter suspendido a ordem do padre, por meio do Decreto de Suspensão a Divinis, o que significa que ele está impossibilitado de exercer funções sacerdotais. Ele poderá ser demitido do estado clerical, caso condenado no processo interno sobre o caso. “A diocese do Crato reitera que presa pelo amor a Deus e ao próximo e que não admite nenhum tipo de injustiça praticada contra aqueles a quem Deus nos confiou cuidar”, conclui o texto.
O POVO Online tentou entrar em contato com o advogado que representa o padre Lenilson Laurindo, mas as ligações não foram atendidas nesta manhã.
Fonte: O POVO Online
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