Justiça revoga prisão da carioca suspeita da morte de turista italiana

Mirian estava presa desde o último dia 29 FOTO: JOSÉ LEOMAR
Mirian estava presa desde o último dia 29
FOTO: JOSÉ LEOMAR
A carioca Mirian França de Mello, de 31 anos, teve a prisão temporária revogada nesta terça-feira (13) pelo juiz José Arnaldo dos Santos Soares, da Comarca de Jijoca de Jericoacoara. A farmacêutica estava presa suspeita de participar da morte da italianaGaia Barbara Molinari. A carioca, no entanto, não pode se ausentar do Estado do Ceará pelo prazo de 30 dias, conforme decisão do magistrado. Mirian estava presa desde o último dia 29 de dezembro, 4 dias após a italiana ter sido encontrada sem vida no caminho da Pedra Furada, em Jeriocoacoara. Segundo a presidente do inquérito, delegada Patrícia Bezerra, adjunta da Delegacia de Proteção ao Turista (Deprotur), a farmacêutica entrou emcontradição em depoimentos e foi presa quando se preparava para deixar o Ceará rumo ao Rio de Janeiro. Ao analisar o caso, o juiz considerou que a prisão Mirian já cumpriu a sua finalidade, além de levar em conta que a suspeita possui profissão definida, endereço fixo e não tem antecedentes criminais. “Após detida análise dos autos, vejo que a prisão da requerente exauriu sua finalidade, não se mostrando mais imprescindível às investigações, sobretudo porque é possível a aplicação de outra medida cautelar menos gravosa, mas que atingirá a mesma finalidade”, destacou. A disponibilidade da carioca às investigações também pesou na decisão do magistrado. “Não é mais necessária a prisão temporária da suspeita para continuidade e êxito das investigações, mormente porque não há notícias de que a mesma tenha criado qualquerembaraço ao procedimento policial“, ressaltou o juiz José Arnaldo dos Santos Soares. Em relação ao tempo determinado que a suspeita deverá permenecer no Estado, o magistrado acredita que 30 dias seja suficiente para elucidar o caso. “Entendo razoável o prazo de 30 dias, tempo suficiente para realização de perícias, acareações, reprodução simulada dos fatos etc”, disse.
A Defensoria Pública do Estado do Ceará entrou com pedido de relaxamento de prisão da carioca no último dia 5. Uma comissão formada por 3 defensores públicos foi criada para acompanhar o processo. Eles afirmam que não há provas concretas do envolvimento de Mirian no assassinato da italiana. Na petição de revogação da prisão temporária feita pela Defensoria, foi anexada uma declaração assinada pela suspeita, em que ela se compromete a ficar no Ceará até o fim das investigações. Fonte: Diário do Nordeste
Zeudir Queiroz

Compartilhar notícia: