GVS Sport deve expandir atividades em Várzea Alegre

Várzea Alegre. A primeira filial da fábrica GVS Sport prepara-se para expandir a produção local a partir da construção de uma nova planta industrial, instalada em 2012, nesta cidade, na região Centro-Sul do Ceará. A empresa é especializada na fabricação de peças de reposição para motocicletas. O projeto local deu certo, mas precisa de apoio do governo do Estado, por meio de políticas de incentivo fiscal. A GVS Sport vem se tornando destaque nacional na fabricação de retrovisores, sinaleiras, guidões e acessórios adaptáveis às principais motocicletas do mercado brasileiro. A sede da companhia fica em São Paulo, na cidade de Maiporã. Os seus produtos são comercializados em todos os Estados do Brasil e vêm conquistando a preferência dos consumidores devido à qualidade, ao preço e ao design moderno. A iniciativa do empreendimento é do empresário Hélio Tenório da Silva, que em 2001, após trabalhar como comerciário, vendedor e operário em linha de produção, além de ter passado por cargo de direção em indústria de autopeças, resolveu iniciar a realização de um sonho: instalar o próprio negócio. “Comecei com apenas três funcionários, eu e mais dois”, comenta. “Na fábrica onde eu trabalhava, eu apresentava ideias de mudanças no design de peças, mas não eram aceitas”, diz o empresário. Depois de batalhar em busca de um novo modelo de retrovisor, com linhas arredondadas, começou quase de forma artesanal a produzir as primeiras peças. “Ninguém acreditava no meu projeto, as portas estavam fechadas, mas fui em frente, tentei”, explica. “Até que fui apresentado a Osmar Meneghiti e descobrimos que havia interesses comuns entre nós e ficamos sócios”, complementa Hélio. A ideia era produzir peças de reposição com qualidade, mas com preço popular, inferior aos produtos originais, que são comercializados nas lojas autorizadas. Meneghiti desenvolveu os protótipos das peças e a produção começou. Logo foi preciso ampliar a linha de produção. De um galpão para três. A indústria permaneceu em São Paulo, Capital, por cinco anos, até maio de 2006, quando mudou-se para São Bernardo do Campo. No ano seguinte, em 2007, novas mudanças em busca de mais espaço e de localização estratégica para recebimento de matéria prima e escoamento da produção. Instalou-se em um amplo galpão no Distrito Industrial de Maiporã, a 30 km do centro de distribuição de Guarulhos, nas margens da rodovia Fernão Dias. Hélio Tenório da Silva observa que o mercado nacional de peças de reposição de motocicletas está em expansão, mas nos últimos anos houve diminuição do ritmo em decorrência de restrições ao crédito para os consumidores adquirirem novas unidades. “Na região Nordeste, o mercado é muito favorável. Estamos satisfeitos com os resultados da empresa, que apresenta crescimento anual”, salienta. Após visita com a família à cidade de Várzea Alegre, em 2011, para rever parentes, o empresário Hélio Tenório foi procurado pelo então prefeito, Zé Hélder, que o convidou a instalar uma filial no município. “Depois o prefeito me visitou em São Paulo, foi até a fábrica e reforçou o convite. Depois de analisarmos a proposta, decidimos instalar a primeira filial e avalio que foi uma decisão acertada”. A fábrica em São Paulo produz cerca de 30 mil peças por dia. A unidade de Várzea Alegre fabrica, diariamente, 20 mil retrovisores e, a partir de julho, entram na linha de produção novos modelos de sinaleiras e retrovisores. “Estamos em expansão e precisamos de mais espaço. Aqui temos mão de obra disponível, dedicada, pessoas querendo trabalhar, mas as desvantagens são a logística e a dependência de incentivos fiscais do governo, por causa dos impostos maiores em relação a São Paulo”. O projeto da empresa é construir um novo galpão em uma área doada pelo município. A obra deve começar em setembro próximo. O número de operários deve passar de 100 para 200 com o funcionamento da nova unidade de produção. “Dependemos de apoio do governo para viabilizar o negócio, concedendo incentivos e viabilizando obras de infraestrutura. O nosso maior obstáculo é a vinda da matéria prima e o escoamento da produção”, argumenta. A fabricação local deve ser voltada para o mercado das regiões Nordeste e Norte, mas não está descartada a possibilidade de, em futuro próximo, a produção ser ampliada para as demais regiões do País e o parque fabril em São Paulo ser reduzido. Mais informações GVS Sport Fábrica em Várzea Alegre Centro-Sul Telefone: (88) 3541.2024 Http://www.Gvssport.Com.Br/ Honório Barbosa Repórter Fonte: Diário do Nordeste
Zeudir Queiroz

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