Em nota, vereador afirma que “não abriga apadrinhado político”, tampouco formulou qualquer acordo para a contratação; restante dos envolvidos silenciou sobre o caso
Após denúncia do O POVO, o vereador João Alfredo (Psol)afirma que irá devolver cargo em comissão fantasma que atualmente é ocupado por um assessor de seu gabinete na Câmara Municipal. Conforme o jornal publicou na edição desta terça-feira, 15, o sociólogo Rodrigo Santaella, apesar de trabalhar na assessoria do vereador do Psol, está lotado na comissão de concessão de títulos honoríficos – que apresenta indícios de existir só “no papel”. Demais partidos envolvidos na denúncia, como PT, PMDB, PTC, PV e PSC silenciaram sobre o caso.
Com a mudança, o assessor será remanejado para a assessoria do vereador na Casa. Em nota, João Alfredo afirma que “não abriga nenhum apadrinhado político, nem funcionário fantasma”, tampouco formulou qualquer acordo para a contratação. “No início do ano, fomos comunicados pela presidência da casa que teríamos à disposição mais uma assessoria técnica”, diz a nota.
João Alfredo afirma ainda que soube que Santaella estava loteado na comissão de títulos apenas pela matéria do jornal. “Ao sabermos, pela matéria do jornal O Povo, de que Santaella estaria lotado na Comissão de Títulos Honoríficos, questionamos o presidente Walter Cavalcante, que nos respondeu ser essa uma situação provisória, a ser regularizada tão logo viesse a ser estruturado o Escritório de Direitos Humanos”.
Comissão
A comissão de títulos honoríficos, onde está lotado Santaella, tem sua existência questionada por servidores da Câmara Municipal. O grupo seria responsável por intermediar a distribuição de homenagens da Casa – função que já é cumprida pelo cerimonial. A diretora do setor, Marina Fiuza, negou a existência do grupo, bem como qualquer mediação da concessão de títulos.
Repercussão da denúncia das comissões fantasmas agitou bastidores da Câmara nesta quinta-feira. Durante toda a manhã, foi intensa movimentação nos corredores da Casa. Segundo funcionários, integrantes dos grupos estariam telefonando para o Legislativo e perguntando se seriam demitidos. Já na tribuna da Câmara, nenhum vereador tocou no assunto.
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