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Problema nos semáforos de Fortaleza, prefeitura deve mais de 8,6 milhões, alega empresa

Robson Cavalcante

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A empresa que até o último dia 12 de fevereiro era responsável pela manutenção dos semáforos de Fortaleza apresentou na manhã desta quinta-feira (12) sua versão sobre o problema que vem afetando o trânsito da Capital, com sinais apagados ou com o funcionamento irregular.

De acordo com a Novakoasin, o contrato em vigor desde o ano 2000 foi suspenso devido às dívidas da atual gestão municipal, que somam R$ 8.640.230,81, referentes a pagamentos relativos a 2013, 2014 e 2015. A companhia apresentou uma planilha com os valores supostamente devidos e os números de empenhos correspondentes.

A companhia também alega que não tem mais acesso ao sistema de controle dos semáforos, pois a  Prefeitura teria mudado as senhas. Assim, todas as falhas ocorridas desde a suspensão do contrato seriam de responsabilidade do Município, que não vem fazendo os consertos necessários devidamente.

O presidente da Novakoasin, Haim Hamaqui, também divulgou um vídeo feito no cruzamento da Rua Gomes Brasil com Av. Américo Barreira, na Parangaba, próximo ao Terminal da Lagoa. Nele, é possível ver dois semáforos no mesmo local apresentandofases diferentes. Enquanto um está vermelho, o outro está verde, o que representa um grande risco aos motoristas.

A Prefeitura de Fortaleza afirma que a empresa deve informações a respeito do sistema que controla os instrumentos, incluindo softwares de programação, chaves de segurança e projetos semafóricos digitalizados.

Já a Novakoasin alega o Município tem a posse do material desde o ano 2000. Eles mostraram ainda um documento em que, no ano de 2012, o então responsável pelo Controle de Tráfego em Área de Fortaleza (CTAFOR) teria recebido documentos relativos ao sistema.

Os problemas nos semáforos começaram poucos dias após a quebra do contrato, durante o carnaval. No dia 26 de fevereiro, a Justiça emitiu uma liminar a partir de um requerimento da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), obrigando a contratada a fornecer as informações solicitadas pelo Município, sob pena de multa de R$ 1.000,00 por dia a serem aplicadas desde o último dia 2. Contudo, os gestores afirmam que a empresa não foi notificada da decisão.

Se o contrato não tivesse sido desfeitos, esta quinta-feira (12) seria último dia de vigência do serviço.

Fonte: Diário do Nordeste.