Nutricionista processa empresário por danos morais após caso de importunação sexual em Fortaleza

Foto: Reprodução

A nutricionista Larissa Duarte Aguiar entrou com uma ação judicial contra o empresário Israel Leal Bandeira Neto, acusando-o de importunação sexual em um elevador de um prédio comercial no bairro Aldeota, Fortaleza. A ação busca uma indenização de R$ 300 mil por danos morais, um valor que gerou controvérsia, sendo contestado pela defesa do réu como “exorbitante”.

O incidente ocorreu no dia 15 de fevereiro deste ano e foi registrado por câmeras de segurança. As imagens, divulgadas em março, mostram o momento em que Israel Leal apalpa as nádegas da nutricionista enquanto ela saía do elevador. O empresário fugiu do local logo após o ato, mas foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) pelo crime de importunação sexual, que prevê pena de 1 a 5 anos de reclusão, de acordo com o Código Penal Brasileiro. A denúncia foi aceita pela Justiça, tornando Israel Leal réu no caso.

Em 24 de abril, os advogados da nutricionista, Raphael Bandeira e David Isidoro, ajuizaram a ação na 21ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza, solicitando a indenização de R$ 300 mil, justificando o valor como necessário para surtir efeitos punitivos e pedagógicos. Eles afirmam que a ampla repercussão do caso trouxe consequências significativas para a vida pessoal e profissional de Larissa Duarte, que passou a ser frequentemente solicitada a prestar esclarecimentos públicos, o que teria amplificado o impacto negativo em sua imagem.

Por outro lado, a defesa de Israel Leal, representada pelo advogado Bruno Queiroz Oliveira, apresentou contestação no dia 19 de julho, argumentando que o valor é desproporcional, citando casos similares onde as indenizações variaram entre R$ 8 mil e R$ 20 mil. Além disso, a defesa alega que a própria vítima contribuiu para a exposição midiática do caso, o que deve ser considerado na avaliação da indenização.

A defesa também destacou que Israel Leal reconheceu o ato desde o início das investigações e expressou profundo arrependimento. Segundo o advogado, a repercussão do caso resultou em sérias consequências para o empresário, incluindo demissão e ameaças contra sua família. Além disso, foi questionada a legalidade do uso de sua declaração de Imposto de Renda, que teria sido obtida de forma ilícita de outro processo sob sigilo.

Uma Audiência de Conciliação foi realizada no dia 4 de julho, mas as partes não chegaram a um acordo.

Com informações do Gcmais

Zeudir Queiroz

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