Mais de 200 Trabalhadores rodoviários decidiram decretar estado de greve em assembleia neste sábado (8). O motivo é o impasse entre os Sindicatos dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro) e das Empresas de Ônibus do Estado do Ceará (Sindiônibus), que pode resultar em greve nos coletivos da Capital e da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) a partir da próxima semana.
Os manifestantes seguiram da sede do sindicato até o Shopping Benfica, na Avenida Carapinima. FOTO: Tuno Vieira
Duas assembleias foram realizadas pelo Sintro, uma pela manhã e outra às 15 horas. Nos dois períodos, motoristas e cobradores realizaram uma passeata da sede do sindicato até o Shopping Benfica, na Avenida Carapinima. “Pela manhã conseguimos um engarrafamento que ia até o começo da Avenida Imperador, imaginem quando pararmos quatro ou cinco corredores como esse. A cidade vai parar!”, afirmou um dos diretores do sindicatos dos trabalhadores.
Manifestações devem seguir
De acordo com o presidente do Sintro, Domingo Gomes Neto, as manifestações vão continuarnos próximos dias e, se não houver negociação por parte do Sindionibus, a paralisação da total da categoria poderá ocorrer. “Vamos mostrar como vai ser Fortaleza na Copa das Confederações. Não vamos quebrar ônibus, nem entrar em confronto com ninguém, mas vamos nos unir e lutar. Só assim vamos conseguir ter uma melhor condição de vida”.
Durante a passeata não houve tumulto, nem atos de violência, porém, alguns motoristas, que circulavam em motocicletas, foram parados pela Comando Tático Motorizado (Cotam) por estarem com a placa do veículo cobertas.
Entenda a notícia
Os trabalhadores do transporte coletivo reivindicam ajuste salarial de 15%, contra 8% oferecido pelos empresários de ônibus. Além de aumento no valor do Vale-refeição, uma adequação do plano de saúde e pedido de mais segurança.
A decisão de estado de greve teve início após a retirada do Sindiônibus da mesa de negociação, comunicou o Sintro.
Para o motorista de ônibus Cleirton Paixão de Oliveira, atitudes como essa precisam ser feitas para que as condições de trabalho da categoria sejam ouvidas e atendidas. “Diariamente eu passo situações que os R$ 1324,00, que recebo, não pagam. Aprendi até a falar a linguagem dos assaltantes pra não ter o veículo que dirijo roubado”, explica.
Segundo o Sintro, a categoria está esperando novas negociações.
Fonte: Diário do Nordeste
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