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Militar mata suspeito e fere adolescentes em assalto a topic em Fortaleza

O corpo de Luderciano Vasconcelos da Silva, de 18 anos, ficou caído ao lado da van. Familiares do jovem foram ao local e fizeram o reconhecimento. Ele era praticante de artes marciais. Outros dois feridos foram levados ao IJF FOTO: KIKO SILVA
O corpo de Luderciano Vasconcelos da Silva, de 18 anos, ficou caído ao lado da van. Familiares do jovem foram ao local e fizeram o reconhecimento. Ele era praticante de artes marciais. Outros dois feridos foram levados ao IJF
FOTO: KIKO SILVA

Um jovem de 18 anos foi morto e dois adolescentes baleados em tentativa de assalto a uma topic durante a noite de ontem, na Avenida I, no Conjunto Ceará, em Fortaleza. Um policial militar à paisana reagiu à ação e feriu os três suspeitos.

De acordo com informações de testemunhas, o veículo de transporte alternativo, que fazia a linha 10, transportava poucos passageiros por volta das 17h30. Quando o coletivo entrou na Avenida I, os três jovens teriam anunciado o assalto.

A bordo do veículo, contudo, estava um PM cuja identidade não foi informada. O policial, então, reagiu e efetuou disparos contra os três jovens. Dois deles, adolescentes de idades e nomes não informados, ao serem atingidos caíram dentro da topic. Já o terceiro descia da van pela porta de desembarque e, atingido pelos tiros, caiu já na rua, fora da veículo. Os dois adolescentes foram encaminhados ao Instituto Doutor José Frota (IJF). Segundo a PM, o estado deles era considerado grave.

O suspeito que caiu na rua foi identificado como Luderciano Vasconcelos da Silva, de 18 anos. Familiares do jovem foram ao local e fizeram o reconhecimento. Segundo populares, Luderciano Vasconcelos era conhecido na região por ser praticante de artes marciais.

Sofrimento

No local em que o corpo de Luderciano caiu, algumas pessoas buscavam informação. Queriam saber se ali, sem vida, estava algum parente ou conhecido. O temor era visível nos rostos, mas diminuía à medida que as informações sobre a identificação do suposto assaltante morto eram divulgadas.

“Moço, qual a cor do calção dele? E a camisa? Graças a Deus, não é meu irmão”, disse um homem, atordoado, que estava à procura do parente. Outro homem, acompanhado do pai, externava o sentimento de quem convive com o crime no dia a dia, dentro do lar. “Deus me perdoe, mas espero que o morto seja meu irmão. Vai doer, mas vai passar. Pior é ver papai e mamãe sofrendo todos os dias com essa vida de crimes dele”, afirmou, antes de ser informado que não era parente do morto.

Fonte: Diário do Nordeste

Zeudir Queiroz